O País dividido

Há muito não se via no Brasil uma disputa eleitoral tão acirrada. A polarização tomou conta das redes sociais e dos grupos de what’s app.

Dos dois lados escândalos, alianças inconvenientes (para dizer o mínimo), dúvidas sobre a conduta ética-pública dos candidatos são expostos, como são expostas questões pessoais.

Especialmente na última semana uma enxurrada de baixaria também teve início. As propostas, as explicações, tudo foi deixado de lado para que os ataques difamatórios tomassem palco.

Fato é que, em meio a tudo isso, relações se estremeceram, amizades se desfizeram…

A divisão é tamanha que os especialistas apontam que esta eleição será decidida por menos de 5% dos votos, o que já nos descortina um cenário preocupante.

O Presidente eleito terá uma enorme dificuldade de iniciar uma administração tendo metade do país como opositor, seja ele quem for.

A cisão eleitoral deve ser passageira. Deve focar em debates de idéias, edificante e jamais demolidora.

Encerrada a eleição no domingo, vida segue. Amizades seguem, relações seguem…

Segunda-feira, com ressaca de tristeza ou de alegria, não restará outra opção senão torcer para que o eleito melhore o país, comprometa-se com a não corrupção – não com palavras, mas com atos -, sane a economia, gere empregos e faça o país crescer.

Segunda-feira o país não pode mais estar dividido…

*Carlos Vinícius Alves Ribeiro, Mestre e Doutorando em  Direito de Estado pela USP, Professor de Direito Público e Direito Urbanístico, Promotor de Justiça.