Curiosidade – Quem dá nome aos furacões?

O nome das tempestades tropicais alterna a cada ano entre nomenclaturas femininas e masculinas. Mas quem decide  nomeá-los e o motivo?

IRMA.  É assim que o furacão mais forte já observado fora do Caribe e do Golfo do México é conhecido.

Atualmente, os Estados Unidos sofre a ameaça do furacão Dorian, que vem fazendo estragos por onde passa, deixou 30 mortos nas Bahamas e centenas de desaparecidos, além dos danos as casas e aos serviço de água, energia e telefone que foram interrompidos.

Recentemente, o Dorian tocou o solo da cidade de Cape Hatteras, na Carolina do Norte, como categoria 1, gerando ventos de até 90 Km/h. Dezenas de casas foram destelhadas e cerca de 7 mil pessoas ficaram sem energia elétrica, além disso, estima-se que quatro mortes estejam ligadas a passagem do Dorian.

Assim como o Dorian e o Irma, todos os furacões trazem nomes de pessoas. Por quê?

Simples! Evitar confusões a facilitar a divulgação.

O uso de nomes próprios em vez de números ou termos técnicos destina-se a evitar confusões e a facilitar a divulgação de alertas.

Imagine você a seguinte situação, você está no meio de um dia comum, quando chega um alerta repentinamente: “O furacão SB-5-A-234 está vindo em direção a esta região, deixem o local imediatamente!”, bem mais fácil e rápido de todos entenderem se o nome for Dorian ou Irma.

A lista de nomes para ciclones tropicais do Atlântico foi criada em 1953 pelo Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA e tem sido utilizada como padrão para listas em outras regiões do mundo.

Essas listas são mantidas e atualizadas pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência das Nações Unidas com sede em Genebra, na Suíça.

Assim, os furacões são organizados anualmente em ordem alfabética – com exceção das letras Q, U, X Y e Z -, alternando nomes masculinos e femininos.

E os nomes destes são diferentes para cada região.

No ano de 2017, passaram quatro no Atlântico: Frankly, Gert, Harvey e Irma e Kátia que se formou no Golfo do México e José que seguiu o mesmo trajeto de Irma, também com força assustadora.

As listas – elaboradas em inglês, espanhol e francês – são recicladas a cada seis anos. Assim, por exemplo, a lista que foi usada em 2010 também serviu para 2017.

Os comitês regionais da OMM se reúnem anualmente para decidir quais nomes de tempestade do ano anterior devem ser “congelados” porque tiveram um impacto particularmente devastador.

Um exemplo é o Katrina, o furacão que deixou mais de 2.000 mortos em Nova Orleans (EUA) em 2005, cujo nome não foi reutilizado.

Em 2011, Katia apareceu em substituição.

Koji Kuroiwa, chefe do Programa de Ciclone Tropical da OMM, disse à BBC que a prática de nomear furacões era generalizada entre os meteorologistas do Exército dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial.

“Eles preferiram escolher nomes de seus amantes, esposas ou mães. Naquela época, a maioria recebeu o nome de mulher”.

O hábito tornou-se a norma em 1953, mas nomes masculinos também foram adicionados durante a década de 1970 para evitar o desequilíbrio de gênero.

Em 2014, um estudo da Universidade de Illinois (EUA) afirmou que furacões com nomes femininos mataram mais pessoas do que aqueles com um nome masculino.

A razão? Que as chamadas como mulheres são tomadas menos “seriamente” e, portanto, há menos preparação para enfrentá-las, de acordo com pesquisas.

Cientistas analisaram o número de mortes causadas por furacões nos EUA há mais de seis décadas, concluindo que as tempestades com nome de mulher mataram quase duas vezes mais pessoas.

Essas descobertas do Centro Nacional de Furacões dos EUA ressaltaram que as pessoas deveriam se concentrar na ameaça representada por cada tempestade, independentemente de ser Sam ou Samantha.

Law Offices of Witer DeSiqueira

OBS.: O propósito deste artigo é informar as pessoas sobre imigração americana, jamais deverá ser considerado uma consultoria jurídica, cada caso tem suas nuances e maneiras diferentes de resolução. Esta matéria poderá ser considerada um anúncio pelas regras de conduta profissional do Estado da Califórnia e Nova York. Portanto, ao leitor é livre a decisão de consultar com um advogado local de imigração.