O presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, desembargador Gilberto Marques Filho, solicita aos desembargadores e juízes goianos que respondam até segunda-feira (28) pesquisa de mapeamento do perfil sociodemográfico dos magistrados brasileiros feita pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O pedido atende à solicitação da ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ, que entrou em contato com o desembargador para requerer a participação dos magistrados do Estado de Goiás no levantamento.
De acordo com o último Censo do Poder Judiciário (foto abaixo), feito pelo CNJ em 2013, 15,6% dos magistrados brasileiros eram negros. Dois anos após a pesquisa, o órgão editou a Resolução 203, determinando a reserva de 20% das vagas oferecidas em concursos público para o Poder Judiciário aos negros.
As perguntas tratam exclusivamente de questões como idade, gênero, raça, cor, estado civil, formação acadêmica, carreira jurídica e órgão de exercício da magistratura e visam permitir que o Conselho faça uma atualização dos dados antes da realização do próximo Censo do Poder Judiciário em 2020. A ministra Cármen Lúcia espera que pelo menos 90% dos magistrados contribuam para a pesquisa.
Entre os objetivos do estudo, o CNJ explica que é importante analisar se a situação racial no âmbito dos Tribunais de Justiça mudou, se o percentual de negros na Justiça brasileira aumentou e em que proporção, além de verificar a distribuição dos negros nos diversos ramos do Poder Judiciário.
O questionário pode ser acessado pelo site do Conselho Nacional de Justiça e deverá ser enviado até o dia 15. Caso haja problema no acesso ao link, o magistrado deverá entrar em contato com o Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ pelos telefones (61) 2326-5266 ou (61) 2326-5268. O DPJ também recebe mensagens pelo e-mail dpj@cnj.jus.br.