O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE) decidiu ontem liberar a realização de novas provas para o concurso da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), que apresentou problemas de gabarito e, por isso, foi totalmente paralisado em julho deste ano. Por isso, mesmo sem ainda ter sido comunicado oficialmente da decisão, o presidente da comissão de concursos da Saneago, José das Dores Freitas, acredita que as provas sejam aplicadas ainda este ano. “Devemos, a partir de amanhã (hoje), começar a trabalhar na elaboração do novo cronograma.” As informações são do jornal O Hoje.
O TCE exige da Saneago a convocação de novas provas para todos os cargos e níveis. Além disso, proíbe a subcontratação de nova banca avaliadora, ou seja, o Instituto Brasileiro de Gestão e Educação (Ibeg) seguirá a frente do certame. O novo cronograma deve ser enviado ao TCE assim que publicado. “Os candidatos não terão de pagar taxa extra para se submeter aos novos exames. Vamos dar sequencia ao concurso.” A Saneago é contratante do Ibeg, por isso, definições com relação a possível ajuda de custo aos candidatos que se deslocaram de suas cidades e tiveram gastos com transporte e hospedagem ainda não foram acertadas. “Vamos trabalhar agora com a data e local das provas a ser realizadas.” A decisão do TCE foi tomada por acórdão relatado pelo conselheiro Saulo Marques Mesquita, na sessão plenária de ontem, e aprovada por unanimidade dos conselheiros presentes. Apenas o procurador de contas Silvestre Gomes dos Anjos, presente ao julgamento, externou verbalmente seu parecer contrário à revogação da cautelar.
Ele observou o caráter social que envolve o certame, sobre o qual “encontram-se dependentes os sonhos e aspirações profissionais de um impressionante universo de exatos 97.774 cidadãos”. Explicou também que não está fazendo análise do mérito, que ocorrerá após a tramitação ordinária do processo, apontando que os problemas enfrentados decorreram, principalmente, da incompatibilidade entre a estimativa realizada pela Saneago e o número de candidatos, já que a previsão era de 22,5 mil pessoas, enquanto de fato inscreveram-se quase 100 mil. A decisão do TCE se estendeu devido a substituição da conselheira-substituta Heloísa Helena Godinho pelo novo titular, Saulo Marques Mesquita.
Entenda
Em julho, o TCE determinou a paralisação do certame. Identificados erros de alterações no edital e de impressão no cartão-resposta e poucas horas para realizar as provas.
