
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) tem intensificado sua atuação no combate a fraudes contra credores de processos que tramitam na Justiça, por estelionatários que se passam por supostos advogados. Em reunião com os delegados da Delegacia Estadual de Investigação Criminal (DEIC), realizada na última sexta-feira (21), o presidente da Comissão de Segurança Pública (CSP) da entidade, o criminalista Tadeu Bastos, conta que ficou definida a regionalização das investigações para agilizar a apuração dos golpes.
A proposta foi apresentada pelos delegados Murilo Leal e Leonardo Dias e tem por objetivo permitir uma resposta mais rápida e eficiente às fraudes, facilitando a atuação das autoridades nas diferentes regiões do Estado.
Na oportunidade, também foi discutida a intensificação das investigações, com o envolvimento de mais delegados e a adoção de estratégias para agilizar a conclusão dos inquéritos.
Estratégias para acelerar os inquéritos
Além da regionalização, a OAB-GO pleiteia o reforço do quadro de delegados envolvidos nas investigações e a adoção de estratégias específicas para acelerar a conclusão dos inquéritos. O objetivo é que os crimes sejam solucionados de forma mais célere, evitando que novos advogados sejam vítimas desses golpes.
Durante a reunião, também foi debatida a necessidade de conscientização da sociedade, com a divulgação de informações sobre os métodos utilizados pelos criminosos para que advogados e clientes fiquem atentos a possíveis tentativas de fraude.
Avanços e próximos passos
A atuação conjunta da OAB-GO e das autoridades já resultou na conclusão de inquéritos que levaram ao indiciamento de diversos suspeitos no Ceará, incluindo pessoas que emprestaram contas bancárias para a prática dos crimes. As penas para esse tipo de fraude podem chegar a oito anos de reclusão.
As investigações seguem avançando, abrangendo novos casos, e operações devem ser deflagradas em breve para desarticular esquemas criminosos. A OAB-GO continuará acompanhando as apurações e reforçando o pedido para que a investigação seja ampliada e descentralizada, garantindo maior eficiência no combate às fraudes.
Como funciona o golpe
Os criminosos acessam decisões judiciais publicadas no Diário Oficial e entram em contato com credores, fingindo ser seus advogados. Eles informam falsamente sobre a liberação de valores por meio de alvarás e chegam a enviar documentos falsificados. Posteriormente, alegam que há pendências judiciais e solicitam depósitos via PIX, enganando as vítimas.
A OAB-GO alerta que a Justiça não exige pagamentos antecipados para a liberação de valores e recomenda que qualquer suspeita seja comunicada imediatamente ao advogado responsável pelo caso.