Professora que matou bebê e guardou corpo tem prisão preventiva decretada

Márcia Zaccarelli foi presa em flagrante na terça-feira
Márcia Zaccarelli, que foi presa em flagrante na quarta-feira, confessou o crime

A professora Márcia Zaccarelli Bersaneti, de 37 anos, teve a prisão preventiva decretada na tarde desta quinta-feira (11), após ter participado de audiência de custódia, presidida pela juíza Wanessa Rezende Fuso Brom, em substituição na 7ª Vara Criminal de Goiânia. Márcia é suspeita de ter matado a filha recém-nascida por asfixia e ter escondido o corpo por cinco anos, dentro de uma caixa, colocada no escaninho do prédio em que morava.

Na decisão, a magistrada considerou que os crimes de homicídio e ocultação de cadáver somam, juntos, penas superiores a oito anos. “Se trata de uma imputação gravíssima, de repercussão social e as circunstâncias até agora apuradas (modo de agir e execução) são suficientes para demonstrar a real periculosidade da indiciada. É necessário, pois, uma postura mais rigorosa da Justiça em casos como o presente”, afirmou Wanessa Brom.

Márcia foi presa em flagrante na quarta-feira (10) e, perante autoridade policial, confessou o crime, sob justificativa de que a filha era fruto de uma relação extra-conjugal. Ela relatou ter matado a criança após alta hospitalar, tampando o nariz da vítima enquanto dormia. Em seguida, a mulher falou que guardou o corpo em uma bolsa e o escondeu num guarda-roupa, por cerca de 20 dias. Em seguida, a indiciada contou que embalou o cadáver em sacos plásticos e o colocou numa caixa, dentro do escaninho, localizado na garagem do edifício em que residia – até ser descoberto pelo ex-marido, que acionou a polícia.

Wanessa Brom também destacou na decisão que são necessárias mais investigações, sendo que Márcia fez menções a terceiros, durante depoimento, “em alusões a possíveis coautores, o que ainda se encontra pendente de esclarecimentos por parte da autoridade policial. Considerando a natureza e as demais circunstâncias dos crimes, a liberdade da autuada, neste momento, poderá, certamente, atrapalhar o decorrer da investigação e da instrução criminal”.