Durante sessão do Colégio de Procuradores do Ministério Público de Goiás realizada na última segunda-feira (29) e transmitida ao vivo pelo canal do MP no Youtube, a procuradora de Justiça Carla Fleury de Souza reclamou da falta de reajuste dos vencimentos dos membros da instituição. Ela disse ter “dó dos promotores que estão iniciando a carreira”, pois o custo de vida é muito alto. O salário inicial pago pelo órgão ministerial aos promotores de Justiça substitutos é de R$ 28.884,20.
Ainda, a procuradora, que recebeu em abril deste ano remuneração bruta de R$ 54.343,31 e R$ 39.518,87 líquidos, conforme dados do Portal da Transparência do MP, agradeceu por seu marido ser “independente” e ela não precisar manter as despesas de casa. “Meu dinheiro é só para fazer minhas vaidades: meus brincos, minhas pulseiras, meus sapatos”, frisou.
Por fim, sem esconder a sinceridade, ela se desculpou e disse que “falou de coração”. “E quem fala de coração fala a verdade”, acrescentou.
Procurado pelo Rota Jurídica, o Ministério Público informou, por meio da Assessoria de Comunicação, que se trata de declaração de cunho pessoal, que não representa o pensamento da instituição.
Carla Fleury é diretora cultura da Associação Goiana do Ministério Público (AGMP), que ainda não se manifestou sobre a declaração da procuradora de Justiça.
