Para 41% da população, os advogados são honestos, diz pesquisa ICJBrasil

O Índice de Confiança na Justiça (ICJBrasil), produzido pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, e divulgados na sexta-feira (28), têm números interessantes sobre a percepção de honestidade de alguns agentes da lei no País. Os juízes são percebidos por metade da população como honestos. Esse percentual cai para 46%, se o agente for policial, e para 41%, no caso dos advogados.

O respeito à lei é algo muito valorizado pelos entrevistados. Quase três quartos (74%) dos respondentes consideram que as pessoas devem seguir a lei, mesmo de discordarem delas; 75% responderam que as pessoas têm a obrigação moral de pagar uma quantia estabelecida pelo juiz, mesmo que discordem da decisão. Para 72% dos entrevistados, alguém que desobedece à lei é mal visto pelas outras pessoas; 61% acreditam que desobedecer à lei é raramente justificável e 56% acreditam que uma pessoa tenha que fazer algo que um policial pedir, mesmo se discordar dele.

Mesmo diante da valorização do respeito às leis, 81% dos entrevistados afirmam que sempre que possível as pessoas escolhem dar um “jeitinho” ao invés de seguir as leis; 76% afirmam que é fácil desobedecer à lei no Brasil e 59% consideram haver poucas razões para uma pessoa seguir a lei no Brasil.

Mais confiável
O ICJ apontou que o Poder Judiciário desfruta de apenas 29% da confiança da população, estando muito atrás das Forças Armadas, que lidera este ranking com 59% da confiança, da Igreja Católica (57%), imprensa escrita (37%), Ministério Público (36%), grandes empresas (34%) e emissoras de TV (33%).

Atrás do Judiciário segue a polícia, com 25% da confiança da população, os sindicatos, com 24%, redes sociais (twitter/facebook), com 23%, Presidência da República, com 11%, Congresso Nacional, com 10% e Partidos Políticos, com 7%. Foram entrevistadas 1650 pessoas residentes nas capitais e regiões metropolitanas das seguintes unidades da Federação: Distrito Federal, Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo durante o primeiro semestre de 2016.