MPF-GO articula Grupo de Trabalho Interinstitucional para acompanhamento dos povos de terreiro

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No próximo dia 20 de novembro, às 10h, na sede da Ministério Público Federal (MPF) em Goiás, será instituído o Grupo de Trabalho (GT) Interinstitucional para acompanhamento dos povos de terreiro no estado. O objetivo do grupo é articular, em rede, a atuação das instituições na defesa do livre exercício dos cultos religiosos dos povos de terreiro, na proteção aos seus locais de culto e liturgias.

O GT será formado pelo MPF, Ministério Público do Estado de Goiás, Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública do Estado de Goiás, Defensoria Pública da União e Polícia Civil.

De acordo com o procurador da República Wilson Rocha Fernandes Assis, o GT se reunirá trimestralmente com as lideranças de povos de terreiro, pesquisadores e instituições de direitos humanos para avaliação das atividades. Inicialmente, o grupo terá duração de dois anos.

Intolerância e violência — O ataque a templos dos povos de terreiro tem ocorrido com enorme frequência. Dados do Ministério da Mulher da Família e dos Direitos Humanos (atual Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania), apresentados pelo 2º Relatório sobre Intolerância Religiosa: Brasil, América Latina e Caribe, indicam que as religiões de matriz africana, mesmo sendo uma minoria religiosa, são as mais atingidas pela intolerância. Em 2020, foram notificados 86 casos de intolerância religiosa contra religiões de matriz africana no Brasil e 244 casos em 2021 no país.