Morte de advogados teria sido encomendada por fazendeiro que perdeu disputa judicial por terra em São Domingos

Advogados foram mortos no escritório em trabalhavam no Setor Aeroporto, em Goiânia
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A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (17) o suspeito de ser o mandante dos assassinatos de dois advogados em Goiânia. Marcus Aprigio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Cavalhaes de Assis, 47, foram mortos no dia 28 de outubro, dentro do próprio escritório, no Setor Aeroporto. Maiores detalhes serão fornecidos em entrevista coletiva que será concedida na sede da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), nesta terça-feira (18), às 10 horas.

Mas informações preliminares da Polícia Civil apontam que a motivação para os crimes seria a atuação das vítimas em processos judiciais contra familiares do suposto mandante que envolvem disputa de terras em São Domingos. Ele foi preso na tarde de hoje em Catalão. Marcus e Frank advogaram para a parte que ganhou o processo contra a família do fazendeiro, que teria ordenado os assassinatos.

A prisão foi feita em uma ação conjunta da Delegacia Estadual de Homicídios e do Genarc. De acordo com as investigações, todos os envolvidos no crime são alvo de provas e elementos informativos robustos que detalham a participação de cada um deles. Os homicídios teriam sido encomendados pelo valor de R$ 100 mil caso os executores ficassem impunes, e R$ 500 mil na hipótese de serem presos em decorrência do crime.

Casal preso

No dia 09 de novembro, uma mulher e um homem suspeitos de serem os intermediadores do crime também foram presos por Policiais Civis da DIH nas cidades de Porto Nacional (TO) e de Palmas (TO). O homem também é suspeito de ter transportado os executores da cidade de Porto Nacional  até a cidade de Goiânia para o cometimento do crime, e de ter fornecido dinheiro para que os executores se mantivessem em Goiânia nos dias que antecederam as execuções. O casal teria confessado em detalhes sua participação no crime e apontado o mandante preso como responsável por todo o planejamento do crime.

Pedro Henrique Martins Soares, 25, que foi detido no Tocantins dois dias após o crime é apontado pelas investigações como sendo o autor dos disparos de arma de fogo que mataram as vítimas. Pedro ostenta extensa ficha criminal, inclusive por homicídios, e é considerado indivíduo de extrema periculosidade. Sua prisão foi realizada por agentes da Polícia Civil da DIH de Goiás e agentes da Polícia Civil do Tocantins.

Pedro Henrique estava acompanhado na hora do crime por Jaberson Gomes, 24, que também ostenta antecedentes por crimes graves. Ele foi morto, em Porto Nacional (TO), no dia 30 outubro, durante um confronto com policiais militares da PMTO.