O ex-senador Demóstenes Torres acaba de sofrer mais uma derrota jurídica. Ele tentou mandar o processo ao qual responde, desdobramento da Operação Monte Carlo, para o Supremo Tribunal Federal (STF), mas o ministro Ricardo Lewandowski negou o recurso.
A justificativa do ministro é que o goiano perdeu o mandato e não possui mais foro privilegiado, sendo assim o processo tem que ser julgado na Justiça comum. As gravações da Operação Monte Carlo mostraram que Demóstenes tinha uma relação de intimidade e quase que de empregado com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
A defesa do ex-senador tentou desqualificar as gravações sob alegação de que foram obtidas de forma ilegal, dizendo que não poderiam ser usadas como provas e também pediu que o julgamento fosse de competência do STF.
Lewandowski, ressalta o jornal O Popular, afirmou que há erros na ordem dos pedidos. “Afinal, o almejado trancamento do inquérito pressupõe anterior reconhecimento da ilicitude das provas coletadas. A análise da suposta ilicitude de provas, por sua vez, pressupõe anterior fixação da competência do STF”, afirmou o ministro em decisão proferida na semana passada.
