Julgamento dos cinco acusados da morte de Valério Luiz deve durar até três dias; hoje estão sendo ouvidas testemunhas

Realizada desde o início da manhã de hoje (07), a sessão de julgamento dos cinco acusados de envolvimento na morte do radialista Valério Luiz deve durar até três dias. A previsão é do juiz Lourival Machado, da 2ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, que preside o julgamento, realizado no Plenário do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), no Setor Oeste.

Os três dias devem ser suficientes para ouvir as 24 testemunhas, dentre acusação e defesa. São cinco réus, Urbano de Carvalho Malta, Marcos Vinícius Pereira, Maurício Borges Sampaio, Djalma Gomes da Silva e Ademá Figueiredo Aguiar Silva. Apenas Marcos Vinícius não compareceu pois está fora do País. Os demais devem ser interrogados durante o julgamento.

Além disso, haverá espaço para  os debates dos representantes do Ministério Público (os promotores de Justiça Maurício Camargo, Renata Souza, José Carlos Nery e Sebastião Marcos Martins e Valério Luiz Filho, que atua como assistente de acusação) e das defesas, que devem durar cerca de 9 horas. Maurício Sampaio passou a ser defendido pelo advogado Ricardo Naves, que assumiu há pouco tempo o caso.

Seis homens e uma mulher

Hoje, no período matutino, além da escolha dos sete jurados (seis homens e uma mulher) para integrarem o Conselho Sentença, foi ouvida apenas uma testemunha. Arrolada pela acusação, solicitou ao magistrado que seu nome e imagens fossem preservados por motivo de segurança.

Após a pausa para o almoço, iniciada às 12h30, a sessão foi retomada às 13h49 para a oitiva do delegado da Polícia Civil Hellyton Carvalho, que conduziu as investigações ocorridas em 2012. Valério Luiz foi morto por volta das 14 horas de 5 de julho, na Rua T-38, no Setor Bueno, a poucos metros da emissora em trabalhava.

Durante o depoimento, ele afirmou que as constantes e enfáticas críticas que Valério Luiz fazia à diretoria do Atlético Clube Goianiense teriam desagradado o empresário Maurício Sampaio, que era dirigente do clube de futebol. Ele é apontado como mandante do assassinato. Comentários da vítima, segundo o delegado, geraram acirrada animosidade e ressentimento no empresário.