Juiz manda a júri popular três acusados de matar mulher que desapareceu após desembarcar em aeroporto de Goiânia

Lilian de Oliveira desembarcou no Aeroporto de Goiânia e desapareceu
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Acatando pedido feito pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), o juiz Eduardo Pio Mascarenhas, da 1ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, mandou a júri popular Jucelino Pinto da Fonseca, Ronaldo Rodrigues Ferreira e Cleonice de Fátima Ferreira. Os três são acusados da morte, em fevereiro de 2020, de Lilian de Oliveira, de 40 anos. A data do julgamento, no entanto, ainda não foi marcada.

A vítima desapareceu logo após desembarcar no aeroporto internacional de Goiânia, vinda de uma viagem da Colômbia. As investigações apontaram Jucelino Pinto da Fonseca como mandante do crime, com a cumplicidade de Ronaldo e apoio de Cleonice.

Segundo o órgão ministerial, Jucelino manteve um relacionamento extraconjugal com a vítima, com quem teve uma filha, hoje com 7 anos. Além de discussões por conta do pagamento de pensão alimentícia, ele também teria se sentido traído por Lilian, que havia viajado à Colômbia para se encontrar com um novo namorado. Por conta disso, decidiu contratar os serviços de Ronaldo Ferreira para o crime oferecendo como pagamento o perdão de uma dívida de R$ 20 mil.

Com o apoio de Cleonice, que era babá da filha de Jucelino e Lilian, Ronaldo é apontado como a pessoa que buscou a vítima no aeroporto alegando ser um taxista. Dali em diante, ela nunca mais foi vista.

Corpo não foi localizado

O inquérito indicou que Lilian foi morta a marretadas. Uma das teses sobre o crime é que o corpo dela teria sido carbonizado ao ser jogado dentro da fornalha de um laticínio, em Santa Cruz de Goiás, que pertencia ao acusado de ser o mandante do crime, mas, até hoje, os restos mortais da vítima não foram localizados.

Defesa

A defesa de Jucelino e Cleonice, em nota, afirma que os clientes são inocentes e que, assim como os familiares da desaparecida, eles querem achar o culpado. Informou também que tem tentado demonstrar que as investigações foram desastrosas e omissas sobre outras possibilidades e suspeitos. A defesa de Ronaldo Rodrigues Ferreira, por sua vez, avisou, em nota, que irá recorrer da decisão, pois existem poucas provas na investigação que incriminem o réu.