Falsa empregada doméstica é condenada pela Justiça a mais de cinco anos de reclusão por furto e estelionato

Wanessa Rodrigues

Juíza Placidina Pires, da 10ª Vara Criminal de Goiânia.

Uma mulher que se passou por empregada doméstica, subtraiu cartões bancários, realizou saques, transferências e compras, e causou prejuízo de mais de R$ 30 mil à patroa, foi condenada a cinco anos de reclusão pelos crimes de furto e estelionato. No total, foram 11 furtos qualificados pelo emprego de fraude e 11 estelionatos, em continuidade delitiva. A sentença foi dada pela juíza Placidina Pires, da 10ª Vara Criminal de Goiânia, que determinou o cumprimento da pena em regime semiaberto. A acusada responde por outros processos semelhantes.

Conforme consta na ação, a falsa empregada doméstica, de nome Rosimeire Cruz Silva, entrou em contato com a dona da residência após ver um anúncio em jornal. Para conseguir a vaga, ela usou o nome falso de Rosângela Pereira e forneceu como referência uma suposta ex-patroa de nome Elza, que, segundo afirmou, residia no Residencial Aldeia do Vale. A vítima chegou a telefonar para um número de telefone para pegar referência. Posteriormente, descobriu-se que o contato era da própria acusada.

Após obter boas referências da acusada, a vítima deixou que ela trabalhasse em sua casa mesmo não tendo apresentado documentos pessoais. A falsa empregada doméstica laborou por apenas um dia e não retornou mais ao local. Passados cinco dias, a dona da casa precisou ir ao banco e deu falta dos cartões. Ela se dirigiu imediatamente à instituição financeira, cancelou os cartões e de tomou conhecimento dos saques, transferências, empréstimos e compras que a acusada havia feito em seu nome.

O crime foi comunicado à Polícia Civil, que apurou que a acusada havia feito uma transferência para a conta de seu marido Silvano Pereira de Lima. Além disso, que tinha comprado uma moto em nome dele. De posse dessa informação, os policiais foram até a concessionária e confirmaram a compra, obtendo a informação de que o adquirente buscaria a moto naquele dia. A própria Rosimeire foi retirar o bem e, ao ser abordada pela polícia, confessou que furtou os cartões com as senhas.

Os policiais informaram que ela se mostrou arrependida e chorou muito. Aduziram que foram até a casa da acusada e adentraram o local com sua autorização, onde apreenderam diversos objetos adquiridos com o patrimônio subtraído da vítima, além da quantia de R$ 2,100 mil proveniente da conta desta. Ao ser ouvida na Delegacia de Polícia, a acusada confessou a autoria da infração penal,.

Prejuízos
A vítima declarou que teve um desfalque de R$17.777,69 em sua poupança e, de R$ 12 mil, em sua conta corrente, além de um empréstimo de R$ 5 mil em seu nome. Relatou, ainda, que a acusada fez diversas compras com seus cartões, incluindo uma motocicleta, bijuterias, televisão e cachorro de raça. A vítima conseguiu recuperar R$ 13.835,30 com a venda de objetos adquiridos pela acusada, dinheiro apreendido e com a venda da moto.