Em decisão monocrática, o desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás Ivo Fávaro determinou a soltura do ex-dirigente do Atlético Clube Goianiense Maurício Sampaio. Ele havia sido preso logo após ser condenado a 16 anos pela morte do radialista Valério Luiz de Oliveira, pelo tribunal do júri, na última quarta-feira (9).
Para o desembargador, não é possível extrair da decisão condenatória que determinou que ele já iniciasse o cumprimento da pena a possibilidade de vioalação da ordem pública, da ordem econômica ou que implique em perigo para aplicação da lei penal. “Ele inclusive respondeu o processo em liberdade e compareceu à sessão de julgamento”, afirmou o desembargador.
Após a sentença condenatória, o juiz Lourival Machado determinou que além de Sampaio, Ademá Figueiredo apontando como o executor dos disparos que mataram a vítima, Urbano Carvalho Malta e Marcos Vinícius Pereira, que teriam articulado a execução do crime, iniciassem o cumprimento da pena. Para esses três também foram propostos habeas corpus no TJGO mas ainda não foram julgados. O único absolvido foi Djalma Gomes da Silva.
Sampaio estava preso nem uma cela individual no Núcleo de Custódia, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. A defesa, além do habeas corpus no TJGO, também avisou ao fim do julgamento que iria recorrer da sentença condenatória.
Por quatro votos a três, os jurados entenderam que Sampaio foi o mandante do assassinato, como sustentando pelo Ministério Público. O motivo seriam as duras críticas feitas pelo radialista à diretoria do Atlético Clube Goianiense, do qual, na época, ele era vice-presidente.
Durante interrogatório, Sampaio negou qualquer envolvimento no crime. E disse que sempre foi injustiçado.