Criança que estava desaparecida do Pará é encontrada em Goiânia com o pai, e devolvida à mãe

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Marília Costa e Silva

Um menino de 4 anos que estava desaparecido da cidade de Paraopebas, no Pará, há mais de 50 dias, foi localizado em um hotel de Goiânia na companhia do pai. Após determinação da juíza Maria Socorro de Afonso Souza da Silva, do Juizado da Infância e da Juventude de Goiânia, o menino que estava em um abrigo após ter sido localizado pela Polícia Civil, foi entregue à genitora, que tem a guarda da criança, na noite dessa sexta-feira (20).

A mãe, representada na ação pela advogada goiana especializada em Direito de Família, Barbara Cruvinel, explica que ela e o pai da criança passaram por processo litigioso de divórcio no Pará. Ao visitar a criança, o genitor saiu de casa na companhia do filho sem o conhecimento da genitora. Desesperada, a mãe movimentou as autoridades de Parauapebas para que a criança fosse encontrada e então entregue a ela, que tem guarda do filho.

O juízo 2ª Vara Cível de Parauapebas foi quem determinou que a criança fosse buscada e apreendida e entregue à mãe.  Ao ser encontrada na capital goiana, na manhã de ontem, a criança foi levada pela Polícia Civil ao Residencial Niso Prego, onde ficou aguardando a chegada da mãe.

Criança é entregue à mãe

Como a ordem judicial de entrega da criança é do juízo paraense, Bárbara Cruvinel acionou o Juizado da Infância e da Juventude de Goiânia para este cumprisse carta precatória do juízo paraense e permitisse que o menino deixasse os cuidados da Polícia Civil e pudesse ser entregue à mãe. “Estávamos eu, a mãe e a conselheira tutelar quando a criança foi entregue a ela, cumprindo a ordem judicial. Quando a genitora desembarcou no aeroporto fomos direto ao abrigo pegar a criança, que estava bem cuidada e adormecida. A cena foi emocionante”, relata a causídica.

O pai do menino foi encontrado pela Polícia Civil em um hotel no Setor Oeste, em Goiânia. Ele estava foragido de Parauapebas, no Pará, após não devolver a criança à mãe na data prevista e não dar mais notícias. O Rota Jurídica não conseguiu contato com a defesa do genitor para comentar o assunto.

Em suas redes sociais, no entanto, o pai publicou uma nota de repúdio afirmando que, na data em que saiu a decisão judicial em relação ao domicílio do filho, pela Justiça de Paraopebas, ele e a criança estavam viajando. O texto diz também que ele está cumprindo quarentena devido à Covid-19 e que nunca teve a intenção de não cumprir com os seus deveres legais.