O que se espera do Estado em 2015?

O primeiro artigo desta coluna de 2015 mostra-se campo oportuno para, mais que prognósticos, lançar as nossas esperanças para o Estado.

A falta de novidade administrativa, tanto no âmbito Federal quanto Estadual, longe de significar mais do mesmo, pode significar campo fértil para mudanças que as amarras políticas de um primeiro mandato – com vistas à reeleição – pode representar.

No campo federal, a vitória com margem apertadíssima e os movimentos contrários à administração petista, forçaram a Presidente – sigo o vernáculo e não o desconhecimento presidencial dele – a ser mais direita que a própria direita pretendia.

A equipe econômica, a Ministra da Agricultura e o recente convite para que Sicupira assuma a gestão da Petrobrás indica a preocupação com, mais que aprovação polícia, correção dos equívocos administrativos e econômicos (para dizer o mínimo).

O que se espera é que seja menos Dilma e menos PT. E parece estar sendo. Todos queremos economia fortalecida e estruturada, gestão profissional e não cabides de empregos e menos amadorismo nas posições estratégicas.

Por essas bandas, a reeleição do atual governador possibilitará que ele demonstre definitivamente o que se espera dele. O auge de seu amadurecimento político.

Educação mais econômica e com melhores resultados – há indicadores que um aluno na rede pública estadual custa mais para o Estado do que um aluno nas melhores escolas da rede privada -, saúde com cobertura ampla – inclusive com ampliação de leitos de UTI, um dos maiores gargalos da saúde estadual – e agilidade no andamento dos processos administrativos em todos os órgãos e agências é o que todos, unissonamente aguardam.

Esses são os votos de ano novo desta coluna e, claro, ao final do ano e desta gestão, assim como no decorrer de todos os próximos anos, analisaremos a evolução – ou involução? – de tudo isso.

Salve 2015. Salvemo-nos todos.

*Carlos Vinícius Alves Ribeiro, Professor de Direito Administrativo e Urbanísticos, Promotor de Justiça em Goiás, Membro do Conselho Nacional do Ministério Público, Mestre e Doutorando em Direito do Estado pela USP.