Casa Civil mostra os atos oficiais que marcaram a criação e a história de Goiânia

Goiânia chega aos 86 anos mostrando-se uma grande metrópole, que não para de crescer. Atualmente, são mais de 1,5 milhão de habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que a coloca como décimo município mais populoso do Brasil. Cidade acolhedora, no centro do País, tem crescimento pujante e uma rotina frenética que pouco lembra aquela capital de 1933, planejada a partir de três avenidas – Goiás, Araguaia e Tocantins.

Com o objetivo de resgatar a história de Goiânia, mostrar fatos históricos referentes aos primeiros habitantes, à colonização, à cultura, forma de governo, a Secretaria da Casa Civil, responsável pelas publicações oficiais do Estado, reservou espaço em seu site para mostrar um pouquinho sobre a capital, usando os atos oficiais que marcaram a sua trajetórias e importantes períodos do desenvolvimento do Estado.

Por meio do trabalho de pesquisa e digitalização da Gerência de Consolidação da Legislação, vinculada à Superintendência de Legislação, Atos Oficiais e Assuntos Técnicos, atualmente estão disponibilizados todos os decretos e leis que tratam sobre a edificação e a transferência da capital.

Atos oficiais

Para começar, lembramos a decisão do governador Pedro Ludovico Teixeira que, em dezembro de 1932, criou uma comissão para avaliar o território do Estado e escolher um lugar que pudesse abrigar a nova capital. Depois de analisadas as condições topográficas, o clima e a hidrografia, foi decidido que a cidade seria criada no então município de Campinas, às margens do Córrego Botafogo, em uma área onde estavam três fazendas: Criméia, Botafogo e Vaca Brava. De acordo com o Decreto nº 3.359, de 18 de maio de 1933, o local tinha os melhores requisitos para dar boas-vindas ao desenvolvimento.

No mesmo documento, Pedro Ludovico Teixeira também garante a concessão de um lote de área na nova Capital e a construção de prédios para que os servidores públicos da época se mudassem da Cidade de Goiás para Goiânia, o que seria um dos primeiros retratos da expansão do município:

Clique aqui para ler: Decreto nº 3.359, de 18 de maio de 1933

O início das adequações administrativas e da estruturação necessária, inclusive territorial e com a abertura de créditos para a execução da instalação do município de Goiânia se deu por meio do Decreto nº 327, de 02 de agosto de 1935:

Clique aqui para ler: Decreto nº 327, de 2 de agosto de 1935

A capital de Goiás foi transferida oficialmente para Goiânia por meio do Decreto nº 1816, de 23 de março de 1937, que determinou o deslocamento de todas as repartições públicas da Cidade de Goiás para a nova capital, que havia sido construída para ser “acompanhada pelo olhar de admiração de todo o país” e cujo destino despontava como “a metrópole do Estado Coração da Pátria”. A partir de então, o governador e seus auxiliares, assim como os chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário, passaram a trabalhar em Goiânia:

Clique aqui para ler: Correio Official de 25 de março de 1937 – Decreto oficial nº 1816

Após Atílio Correa Lima e Armando de Godoy delinearem a nova capital, a primeira do século XX a ser planejada, foram abertas as três avenidas principais – Goiás, Araguaia e Tocantins. As avenidas seguiam para a parte mais elevada do terreno central onde foi construído o Palácio das Esmeraldas e mais tarde a Praça Cívica.

A data da inauguração oficial da capital foi definida pelo Decreto nº 5.269, de 30 de janeiro de 1942, com festas, desfiles e solenidades de entregas de diversas obras. Goiânia já nasce como símbolo da modernidade e inspirou o desenvolvimento da região central do País.

Clique aqui para ler o Decreto nº 5.269, de 30 de janeiro de 1942