Banco genético permite identificação de suspeito de estupro em Goiás

O suspeito de um estupro ocorrido em 2010, em Goiânia, foi identificado agora graças ao recém-criado Banco Genético da Polícia Técnico-Científica de Goiás. O laudo do exame de DNA será repassado à Polícia Civil, para conclusão do inquérito, na próxima segunda-feira (5), às 8 horas, no Auditório da Polícia Técnico-Científica, ao lado do complexo de Delegacias Especializadas da Cidade Jardim, na capital.

Na época do crime, o material genético do criminoso foi colhido no corpo da vítima. Porém, até agora, não havia sido possível identificar o autor. Com o aumento dos perfis incluídos no Banco Genético, o DNA apontou que um homem, que está preso por outro crime cometido posteriormente, foi também o autor desse estupro.

Banco Genético
O Banco Genético da Polícia Técnico-Científica é um banco de dados genéticos de presos condenados por crimes hediondos. É um programa do Ministério da Justiça, que está sendo implementado em todo o Brasil, e que em Goiás teve início em maio passado e atualmente tem o perfil de 103 presos do Estado. Por determinação judicial e de acordo com a legislação vigente, é feita a coleta de material genético de presos condenados por crimes hediondos.

Esse material vai para o banco que, por meio de um software desenvolvido pelo FBI, compara com material genético colhido em locais de crime ou no corpo de vítimas (sêmen, cabelo, pele, unha, etc). Quando o programa detecta que o material colhido é idêntico ao DNA de algum preso, está identificado o suspeito.

Outro caso
Esse é o primeiro caso de crime ocorrido em Goiás, com identificação do suspeito por meio do banco genético, mas outro caso anterior também foi solucionado com o banco. Em 2013, uma mulher foi estuprada em Luziânia. No início do ano, o DNA do acusado foi incluído no banco genético aqui em Goiás. Assim, foi descoberto que o mesmo homem havia estuprado uma outra mulher no Pará, em 2012 – crime que não tinha, até então, um suspeito.