O Ministério Público de Goiás (MPGO) recomendou à Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) a adoção de medidas visando a garantir a segurança e integridade física dos internos da Casa de Prisão Provisória (CPP). A iniciativa foi tomada dentro do procedimento administrativo aberto pela 25ª Promotoria de Justiça de Goiânia com o objetivo de acompanhar inquérito policial para apurar as mortes de quatro detentos na CPP, ocorridas nesta semana.
Responde atualmente pela 25º PJ o promotor Fernando Krebs. O inquérito é conduzido pelo Grupo de Investigações de Homicídios da Polícia Civil de Aparecida de Goiânia. As medidas recomendadas, além de buscar a proteção dos detentos, visam evitar que novos fatos desta natureza se repitam no estabelecimento prisional, sendo elas:
– a transferência, com urgência, dos detentos suspeitos de envolvimento com as quatro mortes que ocorreram nos últimos dias na CPP para unidade prisional de segurança máxima (a que for mais adequada), a critério da DGAP;
– aplicação das medidas disciplinares preventivas que o caso requer, inclusive, a suspensão de visitas aos suspeitos de envolvimento nessas mortes;
– a adoção de medidas administrativas para aumentar o monitoramento dos detentos suspeitos de envolvimento com as citadas mortes, bem como nos blocos em que elas ocorreram, a fim de prevenir novos fatos como estes;
– instauração de procedimento administrativo pela DGAP para apurar o envolvimento de facções e organizações criminosas na deflagração destes homicídios.
Em entrevista à imprensa na tarde de sexta-feira (29/7), o promotor de Justiça explicou que a separação dos suspeitos como solicitada já foi feita e instaurado procedimento administrativo, pelo MPGO, para apuração dos fatos. Krebs adiantou que o laudo de local do crime foi elaborado, sendo aguardados os laudos cadavéricos. A partir de agora, o MP vai acompanhar as oitivas e as investigações, havendo algumas linhas a serem seguidas. (Assessoria de Comunicação Social do MPGO)