Com foco na aplicação prática, ética e estratégica da tecnologia no sistema de justiça, a imersão “Futuro do Direito: Inteligência Artificial Aplicada à Justiça” reuniu, em Goiânia, autoridades e especialistas de todo o país para discutir os impactos da IA na advocacia, no Judiciário e na sociedade. O evento aconteceu no último dia 23 de maio e foi idealizado pela advogada de Goiás Késia Oliveira e pelo advogado e analista legislativo do Distrito Federal André Freire.
Durante todo o dia, os participantes acompanharam uma programação intensa com palestras e painéis de nomes de referência, como o juiz de direito Abílio Wolney, o promotor de justiça Lauro Machado Nogueira, o palestrante internacional Tony Ventura, o assessor do Superior Tribunal de Justiça João Ataídes, o defensor público federal César Oliveira, o advogado Emílio Fernandes (GO), o advogado Bruno Silva (DF) e o doutorando em IA Antônio Netto.
Programação
A programação abordou desde fundamentos técnicos da inteligência artificial até seus desafios éticos e legais, com destaque para os impactos diretos na atuação de advogados, magistrados e operadores do Direito.
“A inteligência artificial não é apenas uma tendência: ela já é realidade, transformando a forma como atuamos no Direito”, ressaltou Késia Oliveira.
Segundo ela, o objetivo foi preparar os profissionais jurídicos para um novo cenário, em que a tecnologia se torna ferramenta indispensável à atuação responsável e eficiente.
Já o advogado Emílio Fernandes pontuou que a regulamentação da IA já é uma realidade no Judiciário brasileiro. Ele destacou a recente normatização do uso da tecnologia pelo CNJ e lembrou que a OAB também tem atuado nesse sentido. A OAB-GO, por exemplo, editou a Resolução nº 02/2025, que criou a Comissão Especializada de Admissibilidade, com foco no enfrentamento de práticas abusivas ou predatórias no âmbito disciplinar.
A iniciativa, segundo os organizadores, reforça que o futuro do Direito está diretamente conectado ao avanço tecnológico e que o diálogo entre advocacia, Judiciário e instituições reguladoras é essencial para garantir o uso ético e qualificado da inteligência artificial no sistema de justiça.