Valentina enfatizou que é momento de consolidar a equidade racial, a paridade de gênero, a inclusão das pessoas com deficiência, dos indígenas, dos jovens e população LGBTQ+
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Convidada para a mesa de abertura do Congresso de Mulheres, a pré-candidata à presidência da OAB-GO, Valentina Jungmann, reforçou a resistência contra a violência política, que afasta as mulheres dos espaços decisórios, simbolizada numa luta histórica por cidadania. ” Fomos alijadas do processo político e isso não é de agora. Mesmo na cidade grega de Atenas, que foi o berço da democracia, as mulheres não podiam participar das deliberações públicas”, explicou.

À frente da disputa pela presidência da OAB-GO, como a primeira mulher candidata ao posto máximo da Ordem no estado, e autora do Projeto Paridade Já – que instituiu a paridade de gênero nas eleições da OAB-, ela enfatizou que é momento de consolidar a equidade racial, a paridade de gênero, a inclusão das pessoas com deficiência, dos indígenas, dos jovens e população LGBTQ+. “Essa é a nossa política: que a OAB espelhe a pluralidade de nossa sociedade, por maior representatividade da advocacia de nosso estado”, defendeu.

“Mulher deve votar em mulher. São as mulheres que se preocupam com as políticas sociais de inclusão. Devemos nos encorajar para afirmar direitos e espaços de poder nas próximas eleições. Vamos começar influenciando pela eleição da primeira mulher presidente da OAB-GO”, defendeu Cleuza Assunção, do MDB Mulher, em sua fala.

Luta perene

Organizado pela Federação das Mulheres de Goiás o Congresso reuniu no sábado (24), em Goiânia, representantes dos movimentos de mulheres negras, indígenas, trabalhadoras de telecomunicações, política partidária e representantes enviados pelas prefeituras de Senador Canedo, Aparecida de Goiânia, Rio Verde e Cavalcante.

“Mulheres têm uma luta perene, disse Nelson Gillet, médico e ativista pró-direito das mulheres; ele que assinou a ata de fundação do Centro de Valorização da Mulher, o Cevam, destacou a coragem da mulher e a importância de lutar por espaços na política classista e partidária. Para ele, Valentina com seu projeto de paridade de gênero, “merece todo reconhecimento e apoio, uma vez que que a OAB é um espaço importante da sociedade”.

Para a presidente da Federação das Mulheres, Jucilene Barros, temas como a saúde mental, a renda, o emprego, a violência, acesso a educação e saúde são mobilizadores de uma luta que deve desaguar no amadurecimento da participação das mulheres na política brasileira.