Suspenso julgamento de requerimento por eleições diretas no TJGO

A Corte Especial do Tribunal de Justiça de Goiás resolveu ontem suspender o requerimento feito pela Associação dos Magistrados de Goiás (Asmego) para implantação das eleições diretas para escolha dos dirigentes da corte até que o Conselho Nacional de Justiça decida sobre pedido análogo feito pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

“Precisamos acabar com a lacuna que há entre magistrados do primeiro e do segundo grau.” Foi com esse argumento que o presidente da Asmego, juiz Gilmar Luiz Coelho, defendeu, ontem a aprovação do pedido conjunto da associação e da AMB para implementação de eleições diretas no TJGO. No entanto, a maioria dos desembargadores votantes seguiu voto do presidente do TJGO, desembargador Leobino Valente Chaves, para suspensão da votação. “Não vejo por que decidir sobre processo de igual teor, que ainda tramita em esfera superior”, disse Leobino sobre a proposta em andamento no CNJ.

Os desembargadores Ney Teles, Gilberto Marques, Nelma Perillo, Walter Carlos Lemes, Carlos Escher, Kisleu Dias, Itaney Campos, Geraldo Gonçalves, Fausto Moreira, Francisco Vildon e Nicomedes Domingues também decidiram pela suspensão do requerimento.

Já o desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga insistiu para que o caso fosse levado a julgamento.  Ele abriu a divergência, no que foi seguido pelo colega Carlos França. “A magistratura brasileira, o TJGO e o Poder Judiciário vão ganhar demais com a implementação das eleições diretas”, disse. Também divergiu a desembargadora Elizabeth Maria da Silva.