Superior Tribunal de Justiça lança inteligência artificial generativa para acelerar decisões judiciais

Publicidade

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) apresentou nesta terça-feira (11) o STJ Logos, seu novo motor de inteligência artificial (IA) generativa. Desenvolvido internamente, o sistema tem como objetivo modernizar a análise e a produção de decisões judiciais, oferecendo suporte direto aos gabinetes dos ministros para aumentar a eficiência e reduzir o acervo de processos.

O STJ Logos já está em uso por magistrados e servidores, atuando como um acelerador na elaboração de documentos e na análise processual. Segundo o presidente do tribunal, ministro Herman Benjamin, a ferramenta otimiza tarefas repetitivas, permitindo que juízes e servidores se concentrem em atividades mais complexas.

Automação e novas funcionalidades

Inicialmente, o STJ Logos conta com duas funcionalidades principais. A primeira para geração de relatórios de decisão, agilizando a elaboração de minutas de relatórios, decisões monocráticas e acórdãos. Ela também fará aálise de admissibilidade de agravos em recurso especial (AREsps), identificando fundamentos de decisões de segunda instância e verificando automaticamente se foram contestados nos recursos.

A ferramenta está integrada ao Sistema Justiça Web e será a base para futuras inovações no tribunal. Novas funcionalidades serão implementadas gradualmente ao longo de 2025, ampliando o alcance e a eficiência do sistema.

Segurança e autonomia dos ministros

O ministro Herman Benjamin destacou que, embora sofisticada, a IA não substitui a atuação dos magistrados, apenas auxilia na organização de informações e na identificação de padrões processuais. “A responsabilidade pelas decisões permanece integralmente com os ministros”, afirmou.

O STJ Logos foi desenvolvido de acordo com as normas do Poder Judiciário para garantir transparência, controle e segurança, sem risco de vazamento de dados. O vice-presidente do STJ, ministro Luis Felipe Salomão, ressaltou que a tecnologia será essencial para enfrentar o grande volume de processos na corte.