Secretaria Cidadã oferece atendimento a mulheres vítimas de violência sexual

Sair de uma situação de violência, seja ela qual for, requer além da coragem e vontade de romper com as agressões, a percepção de que a vítima será acolhida e receberá ajuda para superar essas situações. As principais formas de violência identificadas pelos atores públicos são física, emocional, sexual, patrimonial e social. Em Goiás, várias entidades estão articuladas para dar o atendimento que as vítimas de violência precisam.

Uma delas é o Centro de Referência Estadual da Igualdade (Crei), da Secretaria Cidadã, que oferece diversos atendimentos para mulheres, negros e LGBT’s. A unidade fica na Praça Cívica, no bloco D da Secretaria Cidadã, antigo prédio do TCE (Tribunal de Contas do Estado).

O Secretário Murilo Mendonça explica que o acolhimento é a porta de entrada para a mulher que vive a situação de violência ou para algum familiar que queira denunciar. “Ao chegar no Crei, a vítima de violência física, psicológica, sexual ou patrimonial é acolhida e recebe um primeiro atendimento, preenchendo uma ficha cadastral. Após identificar a situação pela qual ela está passando, a atendente encaminha a vítima para a assistente social, psicóloga ou advogada, dependendo do caso. A partir daí, os profissionais identificam quais são os outros atendimentos necessários”, explica o secretário.

A vítima pode ser acompanhada até a delegacia para registrar um boletim de ocorrência. Às vezes, o Crei aciona a Patrulha Maria da Penha para que acompanhe a mulher até a delegacia e até a casa para buscar roupas. Em certos casos, ela é levada até o Centro de Valorização da Mulher (Cevam ), caso necessite ficar abrigada. Elas podem ainda ser encaminhadas a algum Centro de Atenção Psicossocial (Caps) ou para o Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher (Nudem), da Defensoria Pública Estadual, para pedir as medidas protetivas, que possam ajudar a vítima de forma que o agressor não se aproxime dela e dos filhos.

Vários sentimentos tomam a mulher que vive uma situação de agressão, seja ela qual for. O medo ainda impede muitas mulheres de procurarem ajuda. A esperança faz com que muitas perdoem e retirem as queixas e voltem a conviver com seus agressores. No caso da violência sexual, o medo, a vergonha e o receio de ser de alguma forma responsabilizada, faz com que muitas vítimas se calem e não denunciem seus agressores.

Um dos princípios do atendimento no Crei é acolher a vítima, respeitando a história pela qual ela passou e nunca questionar o que a vítima pode ter feito para motivar o abuso. A vítima não é responsável pela agressão e não pode deixar que outras pessoas a façam sentir-se assim.

É importante que a mulher identifique relações abusivas e violentas. Ela não deve aceitar: humilhações verbais; ser tocada sem seu consentimento; ser impedida de estudar, sair ou trabalhar; ser diminuída, como se fosse inferior na relação. Qualquer tipo de violência física, mesmo que pequena, pode evoluir para agressões maiores

O atendimento pode ser feito presencialmente na sede da Secretaria Cidadã, no Centro de Referência Estadual da Igualdade na praça cívica em Goiânia ou pelos telefones 3201-7489 do Crei; Disque 100 dos Direitos Humanos; Disque 180 da Central de Atendimento à Mulher; 190 da Polícia Militar – Patrulha Maria da Penha; 3201-7400 do Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher (Nudem)