Por meio virtual, prefeitos da Região Metropolitana de Goiânia (RMG) se reuniram no sábado (6/3), em dois momentos, para debater novas medidas que serão adotadas em todos os municípios que integram a RMG a partir da próxima segunda-feira (8/3). Na data se encerram os primeiros sete dias de suspensão das atividades não essenciais na capital e nas cidades vizinhas. Ficaram definidas a manutenção das restrições e a permanência do transporte coletivo em circulação.
A intenção, conforme reafirmou o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, era chegar em um entendimento amplo, com a participação de todos. No encontro, os prefeitos debateram sobre a possível paralisação do transporte coletivo, medidas mais duras para conter o avanço da Covid-19 nos municípios, aquisição de vacinas e a prorrogação, por mais sete dias, do decreto de combate à pandemia.
Restrições e novas medidas
Em Goiânia, junto com a prorrogação das restrições serão adotadas novas medidas. Os supermercados, por exemplo, vão passar por fiscalização específica em virtude do não cumprimento do distanciamento social. Serão fechadas ferragistas e lojas de materiais de construção. Além de bares, restaurantes e distribuidoras, que somente vão poder oferecer o serviço de delivery.
Além disso, somente um integrante do núcleo familiar será autorizado a entrar em supermercados. No mais, Rogério Cruz disse que a administração municipal vai seguir o mesmo decreto e intensificar a fiscalização.
Aparecida de Goiânia
Em nota enviada neste domingo (07/03), a Prefeitura de Aparecida de Goiânia informou que vai manter as medidas restritivas em conjunto com Goiânia e demais cidades da Região Metropolitana finalizando assim o ciclo de 14 dias em 14 de março. Após este ciclo, Aparecida deve voltar ao modelo de isolamento social intermitente por escalonamento regional.
Durante a reunião, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, sugeriu um estudo por parte do comitê, que integra os prefeitos da RMG, para adoção de medidas de restrições regionalizadas, que permitam uma abertura parcial do comércio. “É uma sugestão, não precisa ser exatamente como o modelo adotado por Aparecida de Goiânia, mas precisamos pensar em alguma ação que seja pelo menos pedagógica aos moradores das nossas cidades”, pontuou.
Manutenção do transporte coletivo
Durante a reunião, os gestores debateram a questão da paralisação do transporte coletivo como medida para evitar a disseminação do vírus. O tema foi discutido com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e representantes do Mnistério Público de Goiás (MP-GO), Defensoria Pública de Goiás (DP-GO) e Procuradoria de Contas junto ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) – todos foram contrários à paralisação do transporte coletivo e cobraram a responsabilidade do setor produtivo em obedecer as regras estabelecidas nos decretos municipais.
O governador Ronaldo Caiado reafirmou a importância de manter as medidas restritivas nas cidades da RMG por mais sete dias. Mas descartou a paralisação do transporte coletivo. Segundo disse, ao paralisar o serviço, impede-se o acesso a diversos outros que também são essenciais, como hospitais, farmácias e estabelecimentos de alimentação.
O procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Vechi, mas afirmou que o MP também é contrário à paralisação do transporte coletivo da RMG. Segundo ele, é preciso identificar para onde as pessoas estão indo para verificar a taxa de isolamento, pois vários estabelecimentos estão trabalhando com meia porta.
“Se o decreto estivesse sendo cumprido, o transporte poderia estar operando em níveis sustentáveis, sem aglomeração”, alertou. Assim como MP, a DP e a Procuradoria de Contas junto ao TCM também defenderam a manutenção do transporte coletivo como serviço essencial.
Neste domingo, o MP e a Defensoria Pública emitiram nota se posicionando contra a suspensão do transporte coletivo.
Com informações da Prefeitura de Goiânia