Marília Costa e Silva
A Santa Marta Distribuidora de Drogas Ltda. entrou, nessa quarta-feira (15), com novo pedido de recuperação judicial. Por enquanto, a rede de drogarias segue com 45 lojas em funcionamento, mantendo 540 colaboradores empregados. Segundo a empresa, os direitos dos trabalhadores demitidos estão sendo assegurados.
A empresa acionou ontem à tarde, pela segunda vez em quase 50 anos de história, o Judiciário para tentar se reerguer. A empresa está sendo representada na Justiça pelo advogado Sérgio Crispim. A ação foi proposta no foro de Aparecida de Goiânia (GO).
O primeiro pedido de recuperação judicial da Santa Marta ocorreu em 2010 e, quatro anos depois, em março de 2014, o juiz Danilo Luiz Meireles dos Santos, da 5ª Vara Cível de Aparecida de Goiânia, decretou o seu encerramento. Isso ocorreu após a rede de drogarias ter cumprido com sucesso todas as obrigações que assumiu no plano de recuperação, no prazo estabelecido.
Resultados negativos
Em nota a imprensa, a Santa Marta conta que desde a pandemia da Covid-19 tem superado inúmeros desafios, buscando incessantemente soluções para contornar o déficit de capital de giro e os constantes cortes de créditos junto a fornecedores estratégicos. E que os resultados negativos ocorreram devido a vários pedidos de recuperação judicial e até mesmo fechamento de diversas redes de drogarias no país, resultando num aumento substancial da inadimplência do setor.
Estes cortes, segundo a empresa, afetaram drasticamente “o nosso crédito junto a esses fornecedores, ocasionando, consequentemente, o desabastecimento de algumas de nossas lojas e a redução em mais de 30% na geração de receitas da empresa, comprometendo assim nossa capacidade de honrar com parte de nossos compromissos”.
A Santa Marta garante que já tomou algumas medidas no sentido de reverter o mais breve possível os resultados negativos da empresa, bem como o déficit de capital de giro. Entre elas, está a desativação de 18 de suas unidades localizadas em Goiânia e no Distrito Federal, e o desligamento de 350 colaboradores. Para auxiliar esses ex-colaboradores em relação a qualquer dúvida que tenham, também já foi disponibilizado um serviço de atendimento, que pode ser acessado pelos telefones (62) 3239-4137 e 3239-296.
Apesar desse momento de grande dificuldade, a empresa garante que 45 lojas da rede permanecerão funcionando em Goiás e no Distrito Federal. A maioria dos postos de trabalho, 540 no total, seguirão no emprego. “Em breve, esperamos retomar o crescimento, e para tanto a empresa já elaborou todo o plano de operação com o tamanho e formato que deverá passar a operar. A expectativa é de que nos próximos 90 dias seja concluída toda a reestruturação”, frisa a empresa.