Professores fazem assembleia na manhã desta segunda para decidir se acatam proposta da Prefeitura

Na manhã desta segunda-feira (21), os professores da rede municipal de ensino votarão a contraproposta enviada pela Prefeitura de Goiânia às reivindicações dos grevistas. Na assembleia, marcada para as 8h, os professores votarão o documento assinado no fim da tarde de sexta-feira (18) pelo prefeito Paulo Garcia (PT).  “Diferente do que a prefeitura vem divulgando, a contraproposta não contempla todas as nossas reivindicações. Mas é uma negociação que vamos levar à votação”, explica o professor Renato Regis, membro do comando grevista.

Os professores da rede municipal de ensino estão em greve desde o dia 25 de setembro. Além de reivindicar o benefício de transporte para todos os professores e auxiliares educativos, a categoria quer o fim do parcelamento da data-base, que representa a reposição salarial por perdas inflacionárias. Os grevistas querem ainda o enquadramento dos auxiliares educativos como funcionários do magistério e melhores condições de trabalho.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, a paralisação prejudica mais de 70 mil alunos, pois 59% das escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) estão sem aulas.

Os professores ocuparam o plenário da Câmara de Vereadores na manhã de terça-feira (8). Eles protestavam contra a rejeição de uma emenda a um projeto que estabelece regras para o Auxílio Locomoção da categoria. A ocupação continua. Com a presença dos professores, o trabalho dos vereadores na Câmara estão parados. Em nota, o presidente da Casa, Clécio Alves (PMDB), disse que a ocupação se tornou insustentável, pois afronta o Poder Legislativo e Judiciário, “já que existe uma ordem judicial para a reintegração de posse e ela foi descumprida”.

Em 28 de setembro, a desembargadora do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) Beatriz Figueiredo Franco determinou, a suspensão da greve dos servidores municipais da Educação, em Goiânia. Por meio de liminar, ela pediu a retomada das aulas. Outra liminar, emitida na quarta-feira (9) pela juíza Jussara Cristina Oliveira Lousa, da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal e de Registros Públicos, determinou a reintegração de posse da Câmara Municipal.