Professor Paulo Henrique Faria Nunes recebe prêmio na Universidade do Algarve, em Portugal

O professor dos cursos de Direito e Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Paulo Henrique Faria Nunes, que também é conselheiro fiscal da Apuc (Associação de Professores da PUC Goiás) foi o grande vencedor do Prêmio Manuel Gomes Guerreiro, pela obra “A Institucionalização da Pan-Amazônia”. A honraria é concedida pela Universidade de Algarve (Portugal). A premiação será entregue nesta quarta-feira (11/12), no Grande Auditório Gambelas, da Universidade do Algarve.

No trabalho premiado, o pesquisador analisa os principais fatores que favorecem e dificultam o desenvolvimento de uma diplomacia pan-amazônica, tendo em vista que a floresta tropical representa, simultaneamente, um trunfo e um motivo de preocupação. A obra, de caráter multidisciplinar, segundo o autor “visa suprir uma lacuna acadêmica e editorial”.

Capa do livro premiado

Paulo Henrique defende ainda que a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, conquanto anterior ao Mercosul e à União de Nações Sul-Americanas (Unasul), é uma “notória desconhecida”, reconhecendo que “a produção dedicada ao assunto é pequena e, consequentemente, os problemas da diplomacia pan-amazônica não figuram entre as leituras regulares de estudantes de geografia, ciência política, relações internacionais e direito”. O autor – graduado em Direito, mestre em Geografia e doutor em Ciências Políticas e Sociais – desenvolve uma pesquisa fundamentada em extensa revisão bibliográfica, fontes primárias (documentos, dados estatísticos) e atos normativos nacionais e internacionais.

Se inicialmente sentiu “alguma resistência” em concorrer ao prêmio, por achar que a Amazônia não seria um tema muito interessante para uma instituição europeia, optou por fazê-lo por considerar que “seria uma forma interessante de divulgar o livro em Portugal”.

Sobre a importância da premiação, ressalta que os professores e pesquisadores brasileiros enfrentam muitos obstáculos para desenvolver projetos de pesquisa, principalmente nas instituições privadas. “As universidades brasileiras priorizam exageradamente as atividades do professor em sala de aula e nem sempre estão dispostas a investir na produção do conhecimento”, completa.

Para Paulo Henrique, o prêmio tem uma grande relevância pessoal e profissional  e ajuda a chamar a atenção para os problemas amazônicos no Brasil e no exterior. “Dadas as condições de trabalho nas instituições de ensino superior no Brasil e na condição de professor numa instituição privada, ainda que confessional, ver o reconhecimento de meu trabalho fora do Brasil tem um valor imensurável”, conclui o pesquisador.