Procon dá dicas sobre antecipação da restituição do Imposto de Renda

Em março, inicia-se o período para preenchimento e envio da declaração de Imposto de Renda à Receita Federal, e as instituições bancárias já começaram a ofertar empréstimos financeiros para que os correntistas antecipem uma eventual restituição do IR.

Alguns consumidores não têm conhecimento de que a antecipação não é um benefício, mas uma modalidade de empréstimo bancário, com juros e taxas que são cobrados do valor da restituição, em que o banco toma como garantia a eventual restituição que o contribuinte irá receber futuramente.

O Procon Goiás orienta os consumidores que só contratem a antecipação se estiverem precisando do valor com grande urgência. Além disso, o consumidor precisa ter certeza que terá direito à restituição e qual será o valor restituído, ou irá contrair uma dívida sem recursos imediatos para quitá-la. Confira as dicas:

Pesquise e compare as taxas de juros
– É preciso pesquisar e comparar se as taxas da antecipação são mais vantajosas que outras linhas de crédito, como por exemplo, o empréstimo consignado para servidores públicos e aposentados/pensionistas.
– Normalmente a antecipação da restituição do IR possui juros menores que outras modalidades de crédito pessoal, principalmente se comparada com taxas cobradas pelos cartões de crédito e cheques especiais.Juros
– Se o consumidor tem uma dívida de cartão de crédito, por exemplo, a antecipação é uma boa escolha já que se substitui uma dívida maior por outra que tende a ter taxas menores. Mas é bom ficar atento ao Custo Efetivo Total (CET) da operação, pois não é apenas o valor dos juros que determina se um empréstimo é mais vantajoso que o outro.

Verifique e simule o valor das despesas
Além dos juros, as instituições financeiras também cobram taxas e impostos para realizar este tipo de operação, como Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e, também, tarifas bancárias, por exemplo. O consumidor deve ter acesso a todas essas informações previamente e fazer uma simulação do custo total desse empréstimo, incluindo o não pagamento no prazo estipulado.

Leia e analise o contrato com cuidado
– Como se trata de uma antecipação da restituição do imposto, a malha fina pode causar um enorme transtorno para o consumidor que solicitar a antecipação. Se houver demora para receber a restituição, isso fará com que o contribuinte pague ao banco mais juros, proporcional ao tempo de espera pelo reembolso do dinheiro.
– Por isso o contrato deve ser lido e analisado, nele devem constar informações sobre possíveis custos adicionais e juros que serão cobrados pelo período extra que demorar para sair a restituição do consumidor.

Seja paciente antes de contratar
Antes de optar pela antecipação lembre-se de que a restituição é um direito seu. Tenha paciência, pois o dinheiro vai ser depositado em sua conta. Evite pagar juros sem necessidade.paciencia
– Se quiser receber a restituição mais rápido, faça a declaração com atenção, revise e a entregue nos primeiros dias da abertura do sistema de envio.