Prefeito de Goianésia garante que vai suspender desconstrução de ciclovia

O prefeito de Goianésia, Renato de Castro, garantiu ao promotor de Justiça Luciano Miranda Meireles que suspenderá a desconstrução da ciclovia do município. Durante reunião realizada na quinta-feira (5/1) com o prefeito, o promotor, que está atuando durante o plantão forense, esclareceu a necessidade de suspender a ação, até que seja demonstrado que a destruição da ciclovia não causará prejuízos ao município.

Segundo explicou Luciano Meireles, a intenção do MP é evitar que haja risco de dano ao patrimônio público. Como o prefeito concordou em suspender a destruição da ciclovia, nesta segunda-feira (9/1), fim do recesso forense, o assunto será repassado aos promotores de Justiça que atuam nas áreas de patrimônio público e de mobilidade urbana para acompanhamento.

De acordo com o prefeito, a ciclovia é uma obra tecnicamente inviável, tem prejudicado o comércio do centro da cidade e não teria sido aprovada pela maioria da população. Ele acrescentou ainda que a destruição da ciclovia foi uma promessa de campanha.

Entenda
Na quarta-feira (4/1) a promotoria de Justiça de Goianésia foi informada de que o prefeito estaria pessoalmente conduzindo maquinário para destruir parte das obras de construção da ciclovia do município. Em medida de cautela para averiguar a informação, o promotor imediatamente notificou a prefeitura questionando o planejamento da ação e sua justificativa.

Simultaneamente, o promotor requisitou à polícia a instauração de inquérito policial para a apuração de possível crime de dano ao patrimônio. Além disso, apurou-se que as obras da ciclovia são fruto de uma parceria entre o município e o Estado de Goiás, por meio da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop). Entre as ações previstas no Plano de Mobilidade Urbana para o município, que totalizariam investimentos estaduais de cerca de R$ 6 milhões, parte desse valor (R$ 2 milhões) seria destinado à construção de ciclovia na cidade, que também contaria com verbas municipais.

De acordo com o município, até o momento, R$ 700 mil foram empregados na construção da ciclovia, que está inacabada. Por outro lado, as prestadoras de serviço paralisaram a construção, alegando falta de pagamento dos serviços já prestados. (Fonte Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)