Operação Penalidade Máxima: Tribunal de Justiça de Goiás manda soltar empresário

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O empresário Bruno Lopez de Moura, preso temporariamente desde o dia de fevereiro passado, teve a prisão relaxada na tarde deste domingo (19) após um pedido de habeas corpus impetrado por seu advogado Ralph Fraga. Ele foi detido durante a Operação Penalidade Máxima, que investiga associação criminosa especializada na manipulação de resultados de partidas de futebol profissional da série B do Campeonato Brasileiro.

No pedido, Fraga argumenta que a decisão que prorrogou a prisão temporária do empresário não estava fundamentada de forma a evidenciar qualquer risco de sua liberdade ao andamento das investigações.

“Bruno é primário, tem bons antecedentes, tem residência fixa, emprego lícito e defesa constituída. Ademais, durante as buscas e apreensões, o Ministério Público apreendeu diversos materiais que embasam a continuidade do processo investigatório, de forma que a manutenção de sua prisão não se faz necessária”, comenta Fraga.

A liminar em habeas corpus foi concedida durante o plantão pelo desembargador Edison Miguel da Silva, do Tribunal de Justiça de Goiás. Na decisão, o relator concorda com a tese da defesa de que a liberdade do investigado não prejudica a continuidade das investigações.

Operação Penalidade Máxima

As investigações apontam que o grupo criminoso atuava mediante a cooptação de atletas para a manipulação de resultados nas partidas por meio de ações como, por exemplo, o cometimento de pênalti no primeiro tempo dos jogos, entre outras iniciativas.

O objetivo do esquema criminoso, segundo o Ministério Público, é viabilizar o êxito em apostas esportivas de elevados valores. Em contrapartida, os atletas receberiam parte dos ganhos, em caso de êxito. Estima-se que cada suspeito tenha recebido aproximadamente R$ 150 mil por aposta.

Há elementos de que o grupo atuou concretamente em, no mínimo, três partidas ocorridas no final do ano de 2022 na série B do Campeonato Brasileiro de Futebol e estima-se que os valores envolvidos no esquema ultrapassem o montante de R$ 600 mil.