Operação Beccaria investiga atuação de organização criminosa no presídio de Planaltina

O Ministério Público de Goiás deflagrou na manhã de hoje (17/12) a Operação Beccaria, que teve como o objetivo desbaratar uma organização criminosa que atuava dentro e fora do presídio de Planaltina, envolvendo detentos, agentes prisionais, vigilantes temporários e policiais militares. A ação contou com o apoio da Polícia Civil do Distrito Federal e de Goiás, da Corregedoria da Polícia Militar de Goiás, da Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça, além de policiais militares.

Pelo MP, participam da operação cinco promotores de Justiça e servidores do Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI). Foram cumpridos, até o momento, cinco mandados de prisão temporária (de ex-vigilantes temporários e de policial militar que trabalhavam no presídio, além de um detento), nove de busca e apreensão e três notificações. No presídio, entre os objetos apreendidos estão celulares, droga e arma branca.

As investigações sobre o esquema criminoso tiveram início em 2011, com a instauração de procedimento investigatório pela 4ª Promotoria de Planaltina. Entre os crimes cometidos pela quadrilha estão tráfico de drogas, corrupção passiva, concussão, comércio ilegal de armas de fogo, falsidade ideológica e facilitação de entrada de aparelho celular em presídio.

Servidores do presídio de Planaltina são suspeitos de permitir a entrada de objetos proibidos e ilícitos dentro da unidade prisional, tais como drogas, bebidas alcoólicas, aparelhos celulares e outros. Ha informações ainda de que alguns deles recebiam dinheiro de presos do regime semiaberto para permitir que não pernoitassem na unidade prisional e assinassem a ficha de frequência como se tivessem, de fato, comparecido ao local.

A operação recebeu o nome de Baccaria em referência ao jurista italiano Cesare Beccaria, autor da obra Dos Delitos e das Penas, que fala do cumprimento de penas e do sistema prisional. Fonte: MP-GO