Marconi Perillo: reforma administrativa irá reduzir despesas e abrir espaço para novos concursos

O governador Marconi Perillo está vistoriando obras em todo o Estado. Marconi visitou a duplicação da GO-403, que liga Goiânia a Senador Canedo. Nos 13 quilômetros da rodovia, o Estado investe R$ 37,39 milhões na nova pista e na construção de um viaduto no trevo de acesso à GO-537, ligação entre a capital e Silvânia.

Acompanhado de comitiva, o governador ouviu dos técnicos responsáveis pela obra que a meta é entregar o viaduto até o final do ano. A pavimentação está dentro do cronograma estabelecido entre a empresa construtora e a Agetop.  Até janeiro, a duplicação  da GO-403 deve ser entregue completamente pronta.

No canteiro de obras da construtora, o governador concedeu entrevista coletiva à imprensa. Marconi falou sobre os investimentos que o Estado faz na Região Metropolitana, abordou a Reforma Administrativa que está sendo encaminhada à Assembleia Legislativa e disse ser favorável à criação de novos municípios em Goiás.

A Reforma Administrativa já está pronta?
Eu assinei a mensagem que vai extinguir seis secretarias, muitos cargos de direção superior e mais de três mil cargos comissionados, além de incorporar alguns órgãos. Uma parte neste ano e outra parte no curso do ano que vem. O objetivo principal é reduzir despesas, racionalizar a administração e abrir espaços para novos concursos.

O senhor espera obter o apoio necessário da Assembleia Legislativa para implementar esta reforma?
Os deputados têm sido sempre colaborativos. Ninguém vai querer trabalhar contra as demandas da sociedade, que quer administrações cada vez mais enxutas e que ofereçam sempre melhores resultados. Nós estamos fazendo obras de qualidade, prestando serviços de qualidade. Goiás se transformou num canteiro de obras. O Estado presta serviços cada vez melhores. É claro que ainda temos deficiências, temos burocracia, mas queremos demonstrar também que ao lado de muitas realizações há o lado da racionalidade e da diminuição de despesas. Apesar das necessidades que temos de cargos comissionados, apesar de sermos um dos estados que têm um dos menores índices de cargos comissionados na relação cargo/efetivo, nós estamos mostrando ao Brasil que há um compromisso deste governo com a racionalização e a diminuição dos gastos. Nós não estamos apenas encaminhando este projeto de lei reduzindo despesas, estamos também reduzindo cargos. E olha que é um esforço muito grande. Nós vamos reduzir quase 40% dos cargos comissionados. Além disso, também vamos editar um decreto de contenção de gastos nas outras áreas.

Já existe um esboço deste decreto?
Já existe, tanto em relação ao Projeto de Lei da reforma quanto em relação ao decreto. A Casa Civil tem todas as informações de forma transparente sobre os dois assuntos.

Qual a importância da duplicação da GO-403 para as pessoas que trafegam diariamente por esta rodovia?
Ela é muito importante. Nós estamos procurando, dentro das grandes demandas por melhoria na mobilidade urbana, melhorar todas as rodovias importantes do Estado, especialmente as de acesso a Goiânia e as rodovias do Entorno de Brasília. Na Região Metropolitana de Goiânia nós estamos duplicando praticamente todas as rodovias, construindo ciclovias, em alguns casos pistas para pedestres, como foi o caso da rodovia para Trindade e fazendo iluminação noturna, não só nas rodovias estaduais. Nós acabamos de fazer um convênio com o Dnit e vamos iluminar a pista que liga Aparecida de Goiânia até a saída para Brasília. É uma obra federal que o Estado assume e vai pagar. Também já solicitei à Agetop a realização do projeto executivo para a iluminação do trecho entre Goiânia e Anápolis na BR-153.

Há um grande trabalho de divulgação das obras do governo em Goiânia. Esta é uma tentativa de se criar uma agenda positiva para a capital?
Isso faz parte da rotina da administração. Na própria constituição está estabelecido que os governos têm que informar a população, prestar conta dos serviços e das obras que são executadas. Nós estamos dando publicidade ao que fazemos. Este é um princípio da administração pública. Não há como dar publicidade de obras e benefícios apenas através do Diário Oficial. O princípio da publicidade existe para que a gente possa comunicar às pessoas o que está sendo feito. É impossível para uma pessoa que viva na Região Noroeste tomar conhecimento de uma obra que esteja sendo realizada na Região Leste. O que nós estamos fazendo, portanto, é dar publicidade, obedecendo esse princípio da administração pública. Porque senão as pessoas não vão perceber que o governo está resgatando o seu projeto, está cumprindo os seus compromissos de campanha, está cumprindo com a sua palavra. Para que os cidadãos sejam informados, nós estamos andando, mostrando através da mídia espontânea e ao mesmo tempo celebrando os 80 anos de Goiânia, mostrando a todos o que estamos fazendo. E graças a Deus é muita coisa. Eu vi uma matéria que fala de investimentos do Estado na capital em torno de R$ 400 milhões. Mas aqui são só as obras rodoviárias e algumas obras da Educação. Se nós incluirmos os R$ 500 milhões aproximadamente de obras de saneamento e de água em Goiânia e Região Metropolitana, vamos chegar a quase R$ 1 bilhão. É o maior volume de obras realizadas por um governo na cidade de Goiânia. Se incluirmos a Região Metropolitana nós vamos chegar a um número ainda mais expressivo.

A Assembleia Legislativa vai começar a apreciar a emancipação de alguns municípios. Como o senhor vê a possibilidade de o Estado ganhar mais municípios?
A melhor coisa que o parlamento brasileiro fez foi limitar a criação de novos municípios. Havia uma verdadeira farra de criação de novos municípios sem obedecer a critérios. Agora, o que vai acontecer é a realização de plebiscito para criação de alguns municípios obedecendo a rigorosos critérios. Em Goiás tem distrito que já é maior do que grande parte dos municípios existentes, como é o caso do Jardim de Ingá, pertencente a Luziânia, que é maior do que 80 cidades goianas. É um distrito que merece ser emancipado, assim como Girassol, em Cocalinho, o ABC na Cidade Ocidental, e Montes Altos, em Padre Bernardo. São todos distritos que justificam ser emancipados.