Justiça proíbe inauguração de UTI inacabada em Quirinópolis

Em atendimento ao pedido feito pela promotora de Justiça Fernanda Balbinot, o juiz Flávio Silva determinou que a Unidade de Terapia Intensiva anexa ao Hospital Municipal de Quirinópolis não seja inaugurada até que todos os requisitos legais para seu funcionamento sejam satisfeitos, ficando proibidas também a promoção e a divulgação da inauguração que já estava agendada, sob pena de multa de R$ 100 mil.

Conforme a promotora de Justiça, o atual estágio das obras demonstra que elas estão insuscetíveis de serem inauguradas para o efetivo atendimento da população na data prevista para a inauguração.

O próprio secretário de Saúde, André Ribeiro, afirmou em entrevista a uma rádio local que, depois da inauguração, o Ministério da Saúde ainda teria que fazer uma visita de qualificação para ver se ela realmente atende ao projeto, e também que a Vigilância Sanitária ainda iria ao local para verificar se os materiais estão dentro dos padrões exigidos pelo órgão. O secretário também reconheceu que não seria somente ir lá, soltar um foguete e inaugurar, pois existe toda uma rede que o município tem que colocar para funcionar.

Para a promotora, o gestor municipal aproveitou-se da aproximação das eleições, mesmo ciente do estado inacabado das obras e da impossibilidade de imediata deflagração do atendimento à população, para anunciar a inauguração de instalações na área de saúde, fazendo incutir, principalmente sobre as pessoas de baixa renda, a esperança de serem contempladas com novas unidades de atendimento da rede pública de saúde. (Cristiani Honório / Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)