Justiça federal dá início a instrução criminal de novo processo envolvendo Cachoeira

O juiz federal substituto Francisco Vieira Neto, da 11ª Vara de Goiás, decidiu por não acatar a absolvição sumária do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e de outros 15 réus no processo da Operação Monte Carlo acusados de contrabando de componentes eletrônicos para máquinas caça-níqueis, iniciando, portanto, a instrução criminal.

O magistrado entendeu estar ausente nos autos da ação penal a existência de prova manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade, e que o fato narrado evidentemente não constitui crime, hipóteses estas presentes artigo 397, do Código do Processo Penal (CPP). Foi negada pelo juiz a prisão preventiva dos acusados, pedida pelo Ministério Público Federal (MPF).

Francisco Vieira Neto determinou que, deflagrada a instrução criminal, sejam expedidas as cartas precatórias para inquirição das testemunhas arroladas pelas defesas que não moram em Goiânia. A audiência foi marcada para 4 de agosto próximo, às 12h30, sendo que nos dias que se seguem, até 7 de agosto, deve ocorrer os interrogatório dos réus.

Dentre os demais réus desta etapa estão Thiago de Almeida Ramos –– sobrinho de Carlos Cachoeira ––; Lenine de Araújo Souza –– tinha a função de contador do grupo ––; Rosalvo Simprini Cruz –– também tido como contador ––; Valmir José da Rocha –– teve mandado de prisão expedido na Operação Jackpot 2; José Olímpio de Queiroga Neto –– apontado como uma espécie de gerente de Carlos Cachoeira ––; Francisco Marcelo de Sousa Queiroga; Raimundo Washington de Sousa Queiroga; Arnaldo Rúbio Júnior –– fornecedor de caça-níqueis ––; Terezinha Francisco da Silva Medeiros –– suposta proprietária de uma casa de bingo ––; Rita de Cássia Moreira Silva; Antônio José Sampaio e Geovani Pereira da Silva –– tido como contador do bando.

Audiências de instrução e julgamento de 50 réus do mesmo caso

Em 27 de novembro de 2013 o juiz Francisco Vieira Neto iniciou a instrução criminal a mais 50 envolvidos nas investigações da Operação Monte Carlo, muitos deles também presentes na ação penal em questão (nº36660-81.2012.4.01.3500), como o próprio Carlinhos Cachoeira, condenado a 39 anos de prisão.

Esta audiência de instrução e julgamento se dará entre os dias 19 a 23 de maio deste ano, para uma parte dos réus e entre 26 a 30 de maio para os demais –– já que o processo teve de ser desmembrado. Serão ouvidas as testemunhas residentes em Goiânia, além dos 50 réus, dentre os quais estão 16 policiais militares goianos, um policial civil e um delegado de Polícia. Fonte: Jornal Opção