O juiz do trabalho Renato Hiendlmayer encerrou sua trajetória na magistratura em sessão realizada no dia 29 passado, no Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-GO). Com 35 anos dedicados ao serviço público, sendo 29 na magistratura trabalhista, o magistrado se aposentou voluntariamente, deixando um legado marcado pelo compromisso com a Justiça social e a dignidade humana.
Natural de Brasília, Hiendlmayer iniciou sua carreira ainda adolescente, como menor aprendiz no Banco do Brasil. Graduado em Direito e Filosofia, atuou inicialmente como servidor no TRT da 10ª Região, sendo posteriormente aprovado para o cargo de juiz substituto em 1996, no TRT da 2ª Região (SP). Em 1998, ingressou no TRT-GO, onde construiu carreira sólida e respeitada.
Durante sua atuação, exerceu funções em diversas varas do estado, incluindo Goiânia, Posse e Anápolis, além de atuar como juiz auxiliar da Presidência e da Execução. Um dos marcos de sua trajetória foi a liderança no programa Justiça Itinerante, com destaque para sua implementação em Campos Belos, em 2008.
A sessão que homologou a aposentadoria foi marcada por homenagens de colegas magistrados e representantes de instituições como o Ministério Público do Trabalho e a Amatra 18. Os discursos destacaram a ética, o preparo técnico e a postura humana do juiz, reconhecido pelo respeito às partes e pela dedicação à prestação jurisdicional.
Em sua fala de despedida, Renato Hiendlmayer agradeceu pelas homenagens e refletiu sobre o novo ciclo que se inicia. Citando o livro do Eclesiastes, definiu a aposentadoria como “tempo de colher” e afirmou que pretende se dedicar mais à família e a projetos pessoais. “Quando a gente se aposenta, encerra o segundo tempo do jogo da vida e começa a prorrogação”, afirmou.
