Fosfoetanolamina é tema de audiência pública na Câmara de Goiânia

O uso da substância fosfoetanolamina sintética por doentes de câncer é o tema da audiência pública que a Câmara Municipal de Goiânia realiza nesta terça-feira, 8 de dezembro, às 14h30, no Auditório Carlos Eurico. A iniciativa é do vereador Thiago Albernaz (PSDB), que ficou sensibilizado com relatos de pacientes que querem ter o direito de experimentar a substância, que é produzido pelo corpo humano e cuja fabricação em laboratório vem sendo pesquisada pela Universidade de São Paulo há cerca de 20 anos.
Foram convidados a participar da audiência pública especialistas e estudiosos desse assunto. Entre eles, está o advogado Paulo Marcos de Campos Batista, do escritório Batista, Coelho & Costa Advogados Associados, de Goiânia, que conseguiu na Justiça de São Carlos (SP) uma decisão para que a substância fosse fornecida a uma paciente com a doença.
Thiago Albernaz decidiu realizar o evento depois de ser procurado pelo ativista Reginaldo Barbosa, um dos organizadores da manifestação realizada em Goiânia no último dia 29 pela liberação do uso da fosfoetanolamina sintética. Ele é marido de Luciany Barbosa, que luta há mais de 1 ano contra o câncer e, após cirurgias, quimioterapias e radioterapias o tumor segue crescendo e chegou a um estágio em que já não se pode mais ser operado.
Também vão participar da audiência pública Alexandre Meneghini, da Associação de Combate ao Câncer de Goiás, e Elaine Rodrigues, gerente de Áreas e Produtos da Secretaria Estadual de Saúde.
“Temos muitas informações positivas de pessoas que realmente conseguiram se curar. Enquanto as autoridades ficam discutindo se podem ou não fornecer por conta de testes e burocracias, queremos apenas ter o direito de apelar para esta última esperação”, afirma Reginaldo. O advogado Paulo Marcos também conta que só viu relatos positivos sobre a substância, mesmo por pacientes que não se curaram.
Thiago Albernaz ressalta que o vereador tem por missão e atribuição ouvir a população. “Não poderíamos de maneira alguma nos furtar a atender a esse pedido do Reginaldo e de tantas outras pessoas de debater o direito à vida de quem já esgotou todos os seus recursos na luta contra o câncer”, afirma. “Não podemos deixar de lado essa demanda que está presente em todo o País.”