Falta de estrutura é maior desafio para conselhos tutelares da capital em 2014

Sessenta novos membros dos conselhos tutelares que vão atuar nas cinco regiões de Goiânia foram empossados durante cerimônia no auditório do sexto andar do Paço Municipal na manhã desta quinta-feira (2/1). A falta de estrutura e a construção de novas sedes estão entre os maiores desafios dos assistentes sociais em 2014. Tomaram posse 30 titulares e mais 30 suplentes. O prefeito Paulo Garcia (PT) não compareceu ao evento.

Os novos conselheiros vão atuar nas regiões Centro-Sul, Norte, Leste, Oeste, Noroeste e Campinas. Para Aguinaldo Lourenço Filho, presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, os empossados trabalharão principalmente para garantir o que rege o Artigo 4 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Nele, efetivam-se entre outras questões os direitos à vida, saúde, alimentação e educação.

Para Lourenço Filho, o combate ao consumo de drogas, do trabalho infantil e da exploração sexual das crianças e dos adolescentes são as prioridades dos conselheiros neste ano. Contudo, ele ressalta que esses problemas – comuns e cada vez mais arraigados ao desenvolvimento de Goiânia como uma metrópole – nunca serão resolvidos, mas que a luta dos conselheiros é “constante”.

Explicando, com atenção, que o trabalho dos conselheiros não consegue alcançar “todos os espaços” da capital Lourenço Filho alerta que é necessária a conscientização por parte da população. O presidente afirmou que a maior parte das ocorrências que chegam ao conselho parte de denúncias.

Contabilizando que a cada 100 mil habitantes é necessária a existência de um conselho, o presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da Câmara Municipal de Vereadores, o vereador Paulo da Farmácia (SDD) relatou que a posse traz “sangue novo” para as unidades. Para melhorar a resposta às demandas dos serviços, devem ser instaladas novas seis sedes. Não foram repassados prazos para as obras. Na Casa, segundo ele, existem dois projetos aditivos em andamento que prentedem a destinação de recursos para a categoria e a criação dos prédios.

Uma cartilha de bolso em edição atualizada do ECA estava sendo distribuída. Cada conselho recebeu da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República computadores e impressoras para agilizar o trabalho. Trabalhando 40 horas semanais, os novos conselheiros – que foram eleitos em outubro do ano passado pela comunidade – receberão salário de R$ 3.144,00.