Demóstenes tem seu afastamento do cargo de procurador prorrogado por mais 60 dias

O ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM), cassado após deflagração da Operação Monte Carlos, vai continuar a receber seu salário do Ministério Público de Goiás sem trabalhar por pelo menos mais 60 dias. A decisão é do conselheiro Cláudio Portela, do Conselho Nacional do Ministério Público (CMNP), datada no último dia 21, e que ainda deve ser aprovada pelo Plenário do órgão. Nesta quinta-feira (31/10) faz um ano que o ex-senador está afastado.

Demóstenes Tores, que foi cassado no Senado após ter seu nome ligado ao do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, envolvido com jogos de azar, continua sendo procurador de Justiça do MPGO, recebendo por isso, mas afastado do cargo. Somando as folhas de pagamento do ex-senador, somente de janeiro a setembro deste ano, tem-se aproximadamente R$ 176.500 na conta de Demóstenes.

Após votação no Conselho, o ex-senador foi mantido sob a justificativa de que na época em que foi empossado, maio de 1987, o cargo era vitalício. Isso daria direito ao ex-senador de continuar no cargo, sendo que a pena máxima que poderia ser imposta a ele seria a aposentadoria com vencimentos integrais.

Desta forma, o afastamento do Demóstenes continua sendo estendido de 60 em 60 dias. A última prorrogação de 60 dias foi em agosto deste ano, e agora o mesmo procedimento foi novamente realizado. Na época, a então conselheira Claudia Chagas, afirmou que o retorno de Demóstenes às atividades do Ministério Público seria inconveniente ao serviço e poderia colocar em dúvida a credibilidade da instituição perante a sociedade. O procurador-geral de Justiça, Lauro Machado, enviou um pedido ao Conselho para que o ex-senador seja afastado, mas o processo se arrasta. Fonte: Jornal Opção