O advogado Maeterlin Camarço Lima, responsável pela defesa os irmãos Ovídio Rodrigues Chaveiro e Valdinho Rodrigues Chaveiro, acusados do atentado a bomba contra o advogado Walmir Cunha, garante que os réus são inocentes. Antes do início do julgamento, ele afirmou ao Rota Jurídica que não existem provas de que são eles os responsáveis pela tentativa de homicídio contra o causídico. “A investigação do caso foi muito mal conduzida e não apresenta nem a suposta motivação para o crime”, afirmou.
Já a promotora de Justiça Renata Marinho, responsável pela denúncia, acredita na condenação. Isso porque, segundo ela, laudos técnicos demonstram claramente que os dois réus, que acabaram de chegar escoltados pela Polícia, foram mesmo os responsáveis pelo crime. “Walmir foi alvejado por sua atuação profissional. O crime não é só contra ele, mas contra toda sociedade”, apontou a representante do Ministério Público.
Segundo a promotora, testemunhas reconheceram por meio de fotografias nos autos Ovídio como sendo a pessoa que entregou o artefato explosivo levado ao escritório do advogado. Ele foi levado ao escritório por um motoboy contratado para a tarefa. Ele não teve participação no caso.
Conforme apurado nas investigações, os acusados teriam ficado insatisfeitos com a boa atuação de Walmir Cunha em uma ação que tramitava em das varas de família da Capital. Ele representava um cliente, que demandava contra a filha de um dos envolvidos. Imagens gravadas por uma câmera de vídeo no Setor Jardim Guanabara registraram o momento em que o motoqueiro foi contratado para levar o artefato ao escritório do advogado. As cenas foram fundamentais para identificação dos envolvidos.
Jurados – Já foram selecionados os jurados que vão participar do julgamento. Cinco homens e duas mulheres compõem o conselho de sentença.