Curso on-line de português jurídico terá novas aulas com vídeos de professor e advogado goiano

Wanessa Rodrigues

Direito é a profissão da palavra, e o seu operador precisa saber usá-la com conhecimento, tática e habilidade. E, naturalmente, quem domina essa ferramenta irá se sair melhor profissionalmente. Para facilitar esse aprendizado, o professor e advogado goiano, Carlos André Pereira Nunes, e os colegas Eduardo Sabbag e Rodrigo Bezerra, estão preparando 12 aulas novas para o curso de português jurídico on-line, disponibilizado no site Cers (www.cers.com.br). O curso é voltado para advogados, estudantes, magistrados e membros do Ministério Público e o investimento é de R$ 319.

Para Carlos André, que é advogado especialista em Educação, o português é a base do Direito. Ele ressalta que o curso de português jurídico ajuda a melhorar a harmonia das peças processuais e a linguagem usada pelos advogados nas sustentações orais feitas nos tribunais, principalmente os superiores, onde os ministros prestam muita atenção na linguagem usada pelos advogados. “Quanto mais a linguagem for precisa e correta maior credibilidade terá o profissional do Direito”, diz.

Outro professor do curso, Eduardo Sabbag salienta que o escrever corretamente assume na área jurídica um papel fundamental, pois, dia a dia, o jurista utiliza-se da linguagem a fim de exteriorizar as normas e os conceitos jurídicos. Nesse contexto, torna-se essencial o conhecimento das regras que norteiam esse particular estilo de comunicação: o Português Jurídico.

Sabbag observa que, entre as dificuldades dos operadores do Direito, estão escrever, falar e interpretar. Conforme diz, no Direito, o profissional precisa dominar completamente essas faculdades, a fim de alcançar seus altos objetivos. “Todo cidadão deve zelar pela linguagem, mas o jurista é o profissional da palavra. É o vernáculo que dá forma a seu trabalho. A boa linguagem é um dever do jurista para consigo mesmo”, acrescenta.

Juridiquês
Carlo André salienta que, o chamado jurisdiquês não pode ser confundido com verborragia, prolixidade e latinismo, que são prejudiciais e atrapalham o linguajar. O jurisdiquês, segundo ele, é o jargão técnico, muitas vezes necessário, principalmente processualmente para que o advogado se faça entender pelo juiz ou mesmo promotor.

O curso
O curso tem 16 horas e é dividido em 28 encontros, sendo dividido em duas partes: redação Jurídica (texto jurídico e peças processuais) e português jurídico – linguagem ligada ao Direito. Durante as aulas são abordados temas como as qualidades da boa linguagem para o operador do Direito: correção, concisão, clareza, precisão, naturalidade etc. Trabalhamos também com erros mais comuns, expressões latinas, construção de articulados em peças processuais, dentre outros temas

Sabbag observa que a procura por este tipo de curso é sempre grande, pois o profissional tem ciência da importância do domínio da Língua Portuguesa e do Português Jurídico em sua carreira. “Por exemplo, um Advogado que se expressa adequadamente tem mais chance de ganhar uma causa”, diz.

No escritório

Carlos André também oferece cursos presenciais de português em escritórios de advocacia

Além do curso on-line, Carlos André oferece curso de português jurídico para escritórios de advocacia. As aulas acontecem dentro dos escritórios dos profissionais para garantir o caráter corporativo. E também têm como objetivo capacitar advogados em relação à produção de peças jurídicas e também no processo de comunicação tanto com o próprio cliente quanto com os juízes, promotores e colegas de profissão.

O advogado e professor assegura que a assessoria em língua portuguesa vem parar cumprir o que o próprio Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil descreve em seu artigo 45, sobre o “emprego de linguagem escorreita [correta] e polida”. O programa assessoria em língua portuguesa é um programa do Instituto Carlos André e pode ser levado para qualquer escritório de advocacia.