Com aprovação de turno único no Judiciário, SindJustiça quer adoção de políticas de prevenção à saúde do servidor

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O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Goiás aprovou, por unanimidade, em sessão realizada na última segunda-feira (16), a resolução que trata da adoção de turno único como horário de funcionamento e atendimento presencial no Poder Judiciário. Com isso, a partir de 7 de janeiro de 2021, o atendimento presencial ao público nos órgãos da Justiça será realizado de 12 horas às 18 horas.

De acordo com a resolução, prevalecerá como modalidade preferencial para os servidores o home office, mas as atividades presenciais serão realizadas de 12 às 19 horas e atendimento externo será limitado de 12 às 18 horas. Com a nova norma, os servidores poderão atuar, total ou parcialmente, em teletrabalho, na forma disciplinada pelo Tribunal de Justiça.

No dia sessão, o presidente do Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça (SindJustiça), Fabrício Duarte, ao ser ouvido sobre o conteúdo da resolução, afirmou que, em assembleia realizada em 7 de março, a categoria se posicionou favorável ao turno único, mas preferencialmente no turno matutino.

“Respeitamos o resultado dos estudos técnicos do TJGO, mas precisamos registrar que essa escolha pelo turno vespertino poderá acarretar problemas de médio e longo prazo a respeito do isolamento familiar entre Servidores, pais e mães que têm filhos em fase escolar”, afirmou. “Nós que nos tratamos aqui como membros de uma grande família que é o Poder Judiciário, não podemos nos esquecer que nossas preocupações com os nossos filhos são permanentes”, complementou.

Segundo Fabrício, “no Estado de Goiás o poder público está em dificuldades para realizar concurso público para recompor sua força de trabalho devido à emenda constitucional 54 e a Lei Complementar 173. Fica, então, o registro para a criação, previamente, de políticas para prevenção para a qualidade de vida no trabalho, em combate à depressão entre os Servidores, ao absenteísmo excessivo e até à Síndrome de Burnout devido à ausência de convívio familiar entre pais e filhos”, destacou Fabrício Duarte. Com informações do SindJustiça