Dados mostram que quase seis mil cidadãos foram detidos ou expulsos tentando atravessar a fronteira americana em julho
Em julho, as autoridades americanas flagraram 5.814 tentativas de brasileiros tentando entrar ilegalmente nos EUA. Trata-se de uma alta de 33,6% sobre junho e o maior patamar do ano. Já em comparação com julho do ano passado, a queda é de 33,6%. Os dados são do Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês).
De acordo com os números revisados dos meses anteriores, já são 25.330 encontros com brasileiros nos sete primeiros meses de 2022 – 32% abaixo do que no mesmo período do ano passado. Encontro é um termo técnico dos órgãos de fronteira e refere-se a dois tipos distintos de eventos: a detenção, que acontece quando os imigrantes são levados sob custódia para aguardar julgamento; e a expulsão, quando eles são imediatamente devolvidos para seu país de origem ou último país de trânsito.
O Brasil foi o 10º país que mais teve cidadãos sendo flagrados nas fronteiras americanas em julho. A grande maioria deles acaba sendo detida na divisa com o México e expulsa do país, uma vez que brasileiros não costumam ser elegíveis para pedidos de asilo nos EUA.
A falta de informação sobre processos imigratórios legais é um dos maiores fatores que levam pessoas a se aventurarem na imigração ilegal. Se aliando à “coiotes” que são grandes associações criminosas com atuação em diversos países, no Brasil, principalmente na região de Governador Valadares-MG e no México. O período de férias pode ser um fator colaborador para que as famílias se organizem nesta aventura arriscada, fazendo aumentar substancialmente o número de brasileiros detidos na fronteira.
Para isso vale sempre o alerta sobre o perigo de se aliar a bandidos em busca dessa travessia ilegal. Além do custo financeiro altíssimo, muitas vezes maior até do que o processo legal, há o risco de morte nas travessias, seja no Rio Grande, entre México e EUA, seja no deserto, onde muitas pessoas que não conseguem acompanhar os coiotes são abandonadas para morrerem sozinhas sem água, sem alimento e sem socorro, seja na travessia de bote pelas Bahamas, quando estes não suportam a quantidade de pessoas e o mar agitado e acabam todos perecendo.
Os poucos que conseguem atravessar, ainda podem ser presos, como ocorreu com um brasileiro na semana passada que morreu em uma prisão do ICE, outros que conseguem a liberdade provisória e não comparecem à Corte de imigração, já terão ordens de deportação e viverão uma vida de medo e agonia, sabendo que a Polícia de Imigração pode bater à sua porta a qualquer momento.
Repito o alerta: não coloque sua vida em risco, procure um advogado de imigração!
Considerando todas as nacionalidades, os EUA registraram 238.861 flagrantes de pessoas tentando entrar ilegalmente nos EUA – queda de 3,5% sobre junho. No semestre, já são mais de 1,6 milhão de encontros nas fronteiras.
Países com mais cidadãos flagrados ilegalmente na fronteira dos EUA – julho/2022:
México – 56.820
Cuba – 20.496
Honduras – 20.421
Guatemala – 20.341
Venezuela – 17.815
Colômbia – 14.022
Ucrânia – 12.440
Nicarágua – 12.131
El Salvador – 8.023
Brasil – 5.814
Fonte: https://www.braziliantimes.com/
OBS.: O propósito deste artigo é informar as pessoas sobre imigração americana, jamais deverá ser considerado uma consultoria jurídica, cada caso tem suas nuances e maneiras diferentes de resolução. Esta matéria poderá ser considerada um anúncio pelas regras de conduta profissional do Estado da Califórnia e Nova York. Portanto, ao leitor é livre a decisão de consultar com um advogado local de imigração