Caiado adota estudo da UFG e Goiás terá quarentena alternada de 14 dias já a partir desta terça-feira

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Após a rodada de negociações com prefeitos de todo o Estado, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, divulgou na noite desta segunda-feira (29/6) o novo decreto que prevê medidas mais rígidas no enfrentamento ao novo coronavírus. Segundo o documento, o Estado vai adotar “o sistema de revezamento das atividades econômicas organizadas para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, iniciando-se com 14 dias de suspensão seguidos por 14 dias de funcionamento, sucessivamente”. A decisão foi baseada em estudo técnico da Universidade Federal de Goiás (UFG) que levou em consideração o alto índice de utilização das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) dos hospitais públicos do Estado.

As atividades consideradas essenciais, conforme o decreto, não entram no esquema de revezamento. São elas: farmácias, clínicas de vacinação, laboratórios de análises clínicas e estabelecimentos de saúde, serviços de atenção primária à saúde, cemitérios, serviços funerários, distribuidores e revendedores de gás, postos de combustíveis, supermercados, agências bancárias e casas lotéricas.

As atividades econômicas em funcionamento por serem consideradas essenciais ou aquelas retomadas após o período de suspensão deverão também observar as normas específicas para o combate da Covid-19, editadas por conselhos profissionais das profissões regulamentadas. Também se inserem no sistema de revezamento previsto as atividades de organizações religiosas.

Os serviços nas repartições públicas estaduais, inclusive unidades de atendimento Vapt Vupt, funcionarão, durante o período de suspensão, em regime de teletrabalho ou permanecerão em desocupação funcional por calamidade pública quando não couber o teletrabalho, podendo os titulares respectivos adotarem regime de trabalho presencial quando indispensável ao funcionamento da unidade. O disposto neste artigo não se aplica aos órgãos ou às entidades que, por sua natureza ou em razão do interesse público, desenvolvam atividades de indispensável continuidade, como as unidades de saúde, policiamento civil e militar, bombeiro militar, assistência social e Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes.

No período em que não estejam suspensas as atividades econômicas, o regime de trabalho dos servidores observará, no que couber, o disposto no Decreto nº 9.634, de 13 de março de 2020 e as portarias editadas pela Secretaria de Estado da Administração.

São considerados essenciais:
Farmácias, clínicas de vacinação, laboratórios de análises clínicas e estabelecimentos de saúde, excetuando-se os procedimentos de cirurgias eletivas e reduzindo-se a 50% a oferta de consultas e procedimentos ambulatoriais, não abrangendo, neste caso, os serviços de atenção primária à saúde, os quais devem funcionar em sua capacidade máxima, inclusive com atendimento à demanda espontânea.

Cemitérios e serviços funerários; distribuidores e revendedores de gás e postos de combustíveis; supermercados e congêneres, não se incluindo lojas de conveniência, ficando expressamente vedado o consumo de gêneros alimentícios e bebidas no local, bem como o acesso simultâneo de mais de uma pessoa da mesma família, exceto nos casos em que necessário acompanhamento especial.

Hospitais veterinários e clínicas veterinárias, incluindo os estabelecimentos comerciais de fornecimento de insumos e gêneros alimentícios pertinentes à área; estabelecimentos comerciais que atuem na venda de produtos agropecuários; agências bancárias e casas lotéricas, conforme disposto na legislação federal; produtores e/ou fornecedores de bens ou de serviços essenciais à saúde, à higiene e à alimentação; estabelecimentos industriais de fornecimento de insumos/produtos e prestação de serviços essenciais à manutenção da saúde ou da vida humana e animal,

Serviços de call center restritos às áreas de segurança, alimentação, saúde e de utilidade pública; atividades econômicas de informação e comunicação; segurança privada; empresas do sistema de transporte coletivo e privado, incluindo as empresas de aplicativos e transportadoras; empresas de saneamento, energia elétrica e telecomunicações; hotéis e correlatos, para abrigar aqueles que atuam na prestação de serviços públicos ou privados considerados essenciais ou para fins de tratamento de saúde, devendo ser respeitado o limite de 65% (sessenta e cinco por cento) da capacidade de acomodação, ficando autorizado o uso de restaurantes exclusivamente para os hóspedes, devendo ser observadas, no que couber, as regras previstas no art. 6º deste decreto, e protocolos específicos estabelecidos pela Secretaria de Estado da Saúde e disponibilizados na página eletrônica www.saude.go.gov.br.

Estabelecimentos que estejam produzindo, exclusivamente, equipamentos e insumos para auxílio no combate à pandemia da Covid-19; assistência social e atendimento à população em estado de vulnerabilidade; obras da construção civil de infraestrutura do poder público, de interesse social, penitenciárias e unidades do sistema socioeducativo, bem assim as relacionadas a energia elétrica e saneamento básico e as hospitalares, além dos estabelecimentos comerciais e industriais que lhes forneçam os respectivos insumos.

Atividades comerciais e de prestação de serviço mediante entrega (delivery); atividades destinadas à manutenção, à conservação do patrimônio e ao controle de pragas urbanas; atividades de suporte, manutenção e fornecimento de insumos necessários à continuidade dos serviços públicos e das demais atividades excepcionadas de restrição de funcionamento; desde que situados às margens de rodovias: borracharias e oficinas mecânicas; e restaurantes e lanchonetes instalados em postos de combustíveis.

Transporte aéreo e rodoviário de cargas e passageiros, observados os protocolos estabelecidos pela Secretaria de Estado da Saúde e disponibilizados na página eletrônica www.saude.go.gov.br; atividades administrativas necessárias ao suporte de aulas não presenciais; e estágios, internatos e atividades laboratoriais das áreas de saúde.