Audiência de custódia: Justiça mantém prisão dos 19 estudantes de Medicina acusados de fraude em transferência para Unirv

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A Justiça manteve na tarde desta quinta-feira (28) a prisão provisória dos 19 estudantes de Medicina do campus Goianésia, da Universidade de Rio Verde (UniRV). Dezessete foram presos na manhã de quarta-feira (27) por policiais civis do 2º Distrito Policial de Rio Verde na própria instituição de ensino. Outros dois foram detidos em Formosa e Barreiras (BA). Os estudantes estão sendo investigados por supostas fraudes em transferência externa para a Unirv. Segundo a investigação, alguns deles nunca estudaram Medicina e já entravam no quinto ou sexto períodos do curso. 

As prisões fazem parte da Operação Clandestinus, coordenada pelo delegado Danilo Fabiano. Além das prisões, foram feitas buscas e apreensões de documentos dos alunos que ingressaram no curso de Medicina de forma ilícita. As investigações apontaram que foram falsificados documentos de oito instituições de ensino superior no Brasil, as quais confirmaram as ilegalidades.

Para fazer a transferência para uma faculdade, o aluno deveria estar matriculado em uma instituição no Brasil, pois não há como fazer a mudança sendo de uma universidade estrangeira. Os que concluíram o curso precisam passar por uma prova para revalidar o diploma. Para burlar essa regra, os alunos pagavam para que fossem fraudados documentos como se eles já cursassem Medicina no Brasil.

“Vários dos investigados contribuíram com informações para a investigação. Muitas confessaram a fraude. Temos estudantes faziam medicina no Paraguai e Bolívia. Alguns nunca tinham feito faculdade de Medicina e outros já estavam em períodos adiantados do curso. Outros já eram formados em áreas da saúde como fisioterapia e enfermagem”, disse o delegado Danilo Fabiano. Pelos documentos, cada envolvido pagou quantias que variam de R$ 40 mil a R$ 80 mil.

Os envolvidos responderão pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa e perigo à vida ou saúde de outrem e ainda poderão ser responsabilizados pelos indevidos valores auferidos por meio das bolsas de estudo.