Alessandra Xavier de Oliveira Coelho*
Vivemos, atualmente, uma pluralidade de gerações no ambiente de trabalho, o que reflete diretamente nas relações e nos resultados. Diferentes perfis, de personalidades e idades distintas, que sentam lado a lado para trabalharem juntos. Essas diferenças podem gerar certa divergência, por isso, é de extrema importância que os Recursos Humanos atuem ativamente para evitar as discordâncias e resistências e, mais importante, para tornar o ambiente colaborativo e resiliente. A ideia é somar na diversidade.
O conflito de gerações acontece, principalmente, pelas incompatibilidades nas formas “antigas” e “novas” de se trabalhar entre colaboradores de diferentes faixas etárias. São pessoas com idades diferentes, nascidas em contextos socioeconômicos e culturais. Normalmente as novas gerações possuem mais facilidade com as inovações tecnológicas e novas maneiras de trabalho, como o home office, enquanto as gerações mais antigas ainda gostam de trabalhar no ambiente da empresa e ter um contato diário com pessoas.
Se avaliarmos o mercado de trabalho, perceberemos três principais gerações atuantes: Baby Boomers, que são aquelas pessoas nascidas entre as décadas de 1940 e 1960; Geração X, formada pelos nascidos entre as décadas 1960 e 1980; e a Geração Y, que nasceram entre 1980 e 2000. Cada geração possui suas particularidades positivas e negativas, o importante é entender as crenças limitantes de cada uma e utilizar os pontos positivos como alavanca para o aprendizado. Afinal, uma coisa é certa: uma geração precisa, misericordiosamente, da outra, essa junção e equilíbrio são necessários e salutares para as empresas que buscam crescimento no mercado atual.
Em análise geral, os Baby Boomers, no mercado de trabalho, procuram maior estabilidade e melhores oportunidades, sempre focados na qualidade do serviço prestado. São colaboradores fiéis, preocupados com o crescimento da empresa. Vestem a camisa e, por sua fidelidade, normalmente permanecem por muitos anos em uma mesma instituição, o que resulta no alcance de cargos mais altos e de confiança. Em contrapartida, não se adaptam com facilidade às novas tecnologias e novas maneiras de trabalhar. Preferem ir até o ambiente corporativo, conversar com os colegas do que praticar o home office, sem contato humano.
Já a Geração X, em sua maioria, gosta de variedades e não da rotina. O dinheiro é muito importante, mas não é o que move seu anseio pelo trabalho. Prioriza o aprendizado, busca novas habilidades e capacitação, com o objetivo constante de crescimento e reconhecimento. Aceitam as novas tecnologias e variedades na forma de trabalhar, desde que não comprometa a sua produtividade. Tem em suas veias a vontade pelo empreendedorismo. Apesar de individualista, ainda valoriza o espírito coletivo.
Também chamados de Millenials, a Geração Y é formada por profissionais engajados com os movimentos sociais, que defendem os menos favorecidos, e esta percepção é transparente no ambiente de trabalho. Não aceitam injustiças. Querem a liberdade de escolha e, sempre que possível, escolhem o não tradicional. Precisam constatar o movimento para entenderem que estão progredindo profissionalmente. Se não estão rodeados pelas oportunidades e desafios, sentem-se inutilizados. Estão sempre conectados, lidam com grande fluxo de informações e possuem grande habilidade de lidar com múltiplas tarefas.
*Alessandra Xavier de Oliveira Coelho é advogada. Sócia e diretora Administrativa da Jacó Coelho Advogados. Licenciada em Pedagogia. Pós-Graduação em Formação de Professores pela Pontifícia Universidade Católica de Goiânia (PUC-GO). MBA de Gestão Jurídica de Seguros e Resseguros. MBA, em andamento, em Liderança Integral e Gestão Organizacional – Franklin Covey, Instituto de Pós-Graduação e Graduação de Goiânia (IPOG-GO).