O presidente da República eleito, Jair Bolsonaro, deu neste domingo (25) declaração contrária ao exame de Ordem da OAB. Para ele, não se pode submeter os jovens bacharéis a serem “boys de luxo de escritórios de advocacia”. A manifestação ocorreu após ideia de seu futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de exigir certificação de médicos formados no Brasil.
A luta de Jair Bolsonaro contra o exame de Ordem, por sua vez, não começou ontem. Em 2007, como deputado Federal, propôs o Projeto de Lei 2.426/07, a fim de que fosse extinto o exame. A proposta foi apensada a um outra de 2005, proposta por Max Rosenmann, com mesmo tema. Os textos ficaram na gaveta aguardando parecer na CCJ da Câmara dos Deputados.
Devido ao posicionamento do presidente eleito contra o Exame de Ordem, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás divulgou nota oficial nesta segunda-feira (26) na qual reitera seu compromisso pela manutenção do Exame de Ordem e contínuo aprimoramento deste importante meio de verificação da qualidade do ensino jurídico no país. “Em razão de recentes manifestações contrárias ao Exame de Ordem, a seccional goiana da OAB reafirma que o método é uma garantia para a sociedade de que estão entrando no mercado de trabalho profissionais da advocacia capacitados a prestarem bons serviços na defesa dos direitos e da cidadania”, frisou o documento.
A OAB-GO diz que soma esforços ao Conselho Federal da OAB em busca do aperfeiçoamento dos cursos de Direito. “A seccional endossa os protestos do Conselho Federal contra a abertura indiscriminada de novas vagas e as manifestações que requerem fiscalização mais criteriosa no que diz respeito à qualidade do ensino”.
