Advogados e deputado fazem blitzen em instituições de ensino para tentar reduzir preço das mensalidades

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Tem coisa pior do que pagar por algo que não recebemos? E, dizemos mais: justamente em tempos difíceis como esses, em que o nosso dinheiro está tão regrado? Pois é! Pensando nisso, os advogados especialistas em Direito do Consumidor Sebastião Justo e Amarildo Filho, juntamente com o deputado Estadual Humberto Teófilo, estão realizando em Goiânia e Aparecida de Goiânia blitzen em instituições de ensino para defender o direito dos alunos, que estão pagando integralmente as mensalidades e não estão tendo as aulas e atividades integrais.

O trio recebeu, durante a semana, várias mensagens pelas redes sociais de alunos e pais de alunos que estão nessa situação: sem conseguir negociar mensalidades justas com as instituições de ensino. Muitos alunos já cancelaram contratos, mas outros ainda encontram dificuldades na hora da negociação. “Vários alunos, especialmente de Medicina, que é um curso muito caro, estão desesperados, pois tentam negociar e as faculdades já avisaram que não haverá redução na mensalidade. Isso é inadmissível e passível de processo”, afirma o advogado Sebastião Justo.

Esse é o caso de Larissa Peres de Moraes. Aluna do sétimo período de Medicina em uma faculdade de Aparecida de Goiânia, ela paga, mensalmente, R$ 7.647,00. Por esse valor, estão previstos conteúdos teóricos e práticos. No entanto, por conta da pandemia do novo coronavírus, a parte prática não está sendo ministrada e a instituição de ensino se nega a reduzir o valor da mensalidade. “Estou tentando há vários meses negociar esse valor, pelo menos para diminuir um pouco, mas a faculdade se nega e já disse que não irá nem reduzir a mensalidade e nem paralisar o contrato. Não temos condições de arcar com esses valores integrais por algo que não temos”, diz a estudante.

Larissa, em busca dos seus direitos, soube da ação que está sendo realizada e procurou os advogados para tratar do seu caso. Agora, sua ação será ajuizada para que o contrato assinado com a escola seja suspenso. “Os alunos têm o direito de exigir a revisão, suspensão e até mesmo rescisão do contrato através de uma ação na Justiça. É um momento complicado para todo mundo, mas é preciso que as instituições de ensino também tenham o bom senso em se preocupar com a situação financeira dos seus alunos”, orienta o especialista.