Wanessa Rodrigues
O advogado goiano Agnaldo Bastos, do escritório Agnaldo Bastos Advocacia Especializada, participou de missão empresarial internacional em Israel, realizada na última semana. O profissional trouxe, daquele país, aprendizado que podem ser aplicados no dia a dia dos escritórios de advocacia, principalmente no que diz respeito ao empreendedorismo e inovação.
Bastos salienta que Israel é considerada a capital das startups e a Nação Empreendedora e tem se destacado até mais do que o Vale do Silício. Segundo diz, a inovação e o empreendedorismo são temas bem pertinentes ao mundo atual, que está em constante mudanças, é muito importante advogados participarem deste tipo de missão internacional empresarial.
Para Bastos, quando o advogado tem contato com empresas tecnológicas de grande renome como Google, Facebook e Waze, entendendo o que estão fazendo e praticando, é possível enxergar além do seu tempo. Ou seja, permite ver o “futuro” e, até mesmo, pensar nas demandas que irão surgir com o avanço da tecnologia. Assim, o profissional da área se antecipa às mudanças e sai na frente da concorrência.
Além disso, as reuniões com gestores dessas empresas fazem com que o advogado entenda como as marcas de tecnologia têm lidado com a cultura organizacional e com seus colaboradores. “Como eles estão sempre conectados com os avanços, isso permite a compreensão de como as relações laborais e de cultura organizacional tem mudado, sendo possível fazer a aplicação dentro de um escritório de advocacia”, salienta.
Cultura
Bastos destaca, ainda, o fato desse tipo de missão proporcionar o contato com uma cultura diferente. Conforme ressalta, ao visitar o Estado de Israel e diversas empresas em Tel Aviv e Jerusalém, por exemplo, foi possível perceber a maneira como os judeus e os israelenses lidam com os problemas e encontram soluções para suas dificuldades. E como o contato com essas novas ideias e culturas diferentes permitem mudar o midset do advogado para ele ser mais criativo e inovador no mercado de trabalho.
Aprendizados
O advogado disse que trouxe na bagagem aprendizados do que os israelenses praticam no dia a dia, como serem bem diretos e objetivos na resolução de problemas e negociações. Além disso, relata que não se vitimizam pelas dificuldades, pelo contrário, enxergam oportunidades em cada problema.
Bastos diz que, ao contrário do que se pensa, uma das características israelenses e que os destacam nas empresas, é a capacidades de lidar com diversidades e a possibilidade de todos os colaboradores poderem questionar os chefes. “E isso ocorre, inclusive, no exército. Dessa forma, permite o brainstorming e a contribuição de ideias diversas, tornado-os mais criativos”, acrescenta.
Outra característica interessante, segundo observa Bastos, é o pensamento global. “Como são cercados de inimigos, o seu mercado é voltado pra o mundo, pois o mercado consumidor interno em Israel é bem ruim. Então, eles criam mecanismos para resolverem problemas e necessidades do mundo”, diz. Além disso, o fato de todo israelenses ter servido ao exército por pelo menos dois anos, onde aprendem a lidar com equipe e ter muita disciplina, os destacam como profissionais e o seu capital intelectual atraindo grandes empresas de todo o mundo.
A formação acadêmica começa inicialmente sempre em duas áreas distintas, permitindo, assim, terem uma visão mais ampla e holística de mundo. “Não ficam enrolando. Quando dava o horário de encerramento de uma reunião, eles simplesmente se levantavam e íam embora, e não ficavam dando satisfação ou conversando. E são bem rápidos e produtivos no que fazem”, completa.
